A tarefa de elaborar o conjunto de concursos para o primeiro ano de mandato governamental está se mostrando mais desafiadora do que a ministra responsável pela Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), Esther Dweck, havia antecipado. De acordo com o Correio Braziliense, a ministra reconhece que o prazo estipulado até 30 de abril não foi suficiente para finalizar todos os cálculos necessários, e agora sua equipe está finalizando as análises para compilar a lista de órgãos beneficiados, que será divulgada em maio.
O anúncio dos concursos autorizados para este ano será divulgado em partes, e a preferência será dada às vagas que exigem nível superior. O primeiro anúncio, que será feito nesta semana, incluirá de 1,5 mil a 2 mil vagas, entre elas a abertura de 502 cargos para a Fundação dos Povos Indígenas (Funai), confirmada na última sexta-feira, quando o presidente Lula sancionou o projeto de lei que concede um reajuste de 9% aos servidores do Executivo federal a partir de maio. Nessa ocasião, ele defendeu a valorização dos servidores e salários mais justos.
No primeiro grupo de concursos, além da Funai, serão beneficiados o Incra e o MMA. Além disso, mais de 500 vagas para analistas de diversas áreas que atenderão vários ministérios, incluindo o MGI, serão abertas. Em um segundo momento, haverá concursos para os ministérios da Educação, Planejamento e Trabalho. A ministra espera abrir mais 2 mil vagas até o fim do mês, totalizando 4 mil novos cargos.
Segundo a ministra, é viável realizar uma reforma administrativa e reestruturar carreiras sem precisar alterar a Constituição através de uma PEC. Ela destaca que as carreiras são estabelecidas por projetos de lei.
A ministra Dweck é enfática ao afirmar que não haverá uma venda sem critérios do patrimônio público, nem privatização. Ela diz que, a princípio, o processo foi interrompido. A venda dos bens públicos da União não ocorrerá sem planejamento, mas sim com a intenção de “fortalecer as políticas públicas” utilizando os ativos da União.