De acordo com o jornal O Globo, o governo pretende aproximar-se do segmento evangélico, que representa cerca de 1/4 da população brasileira e tem uma avaliação negativa das ações do presidente Lula. Para isso, o vice-presidente, Geraldo Alckmin, será escalado para participar de eventos e se encontrar com líderes religiosos de forma regular.
O governo tem dado um tratamento meramente protocolar aos evangélicos, que foram um ponto de destaque na campanha eleitoral. Até agora, não foram desenvolvidas medidas ou estratégias de comunicação específicas para esse segmento. Essa abordagem refletiu negativamente nas pesquisas de avaliação mais recentes e tem causado preocupação no Palácio do Planalto.
De acordo com uma pesquisa do Ipec divulgada em março, a desaprovação do governo é mais alta entre os evangélicos do que na população em geral. Nessa parcela, 32% consideram a gestão petista ruim ou péssima, enquanto na média geral dos brasileiros esse número é de 24%. Em comparação com os católicos, 45% dos seguidores aprovam o governo e 21% desaprovam.
Durante a campanha eleitoral do ano passado, o vice-presidente já havia procurado estabelecer diálogo com os evangélicos. A avaliação dos petistas é que, apesar de ser católico, Alckmin possui credibilidade e acesso a líderes e representantes da classe média evangélica em São Paulo.
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