Pesquisa da consultoria eleitoral Genial/Quaest mostra como o caso das joias sauditas repercutiu entre o público. Para 81%, Bolsonaro deve ser investigado por ter tentado trazer os presentes ilegalmente para o Brasil, diz Felipe Nunes, diretor da Quaest.
Outro aspecto importante é o nível de conhecimento do público sobre o caso: 71% ficaram sabendo desse incidente com o ex-mandatário da República. Apenas 1% não sabia e 28% ficaram sabendo ao responder à pesquisa, disse Nunes em thread no Twitter.
Entre os eleitores de Bolsonaro, 72% se mostram favoráveis à abertura de investigação contra o ex-presidente. “Um risco para a base de apoio a Jair Bolsonaro”, diz o responsável pela pesquisa, divulgada na coluna de Lauro Jardim, no jornal O Globo.
No entanto, quando perguntado sobre a culpa de Bolsonaro no caso, a polarização política emerge, diz Nunes. “Enquanto 46% acham que Bolsonaro é culpado, 33% não. Na eleição, Lula teve 39% e Bolsonaro 38%. Ou seja, esse tema desgasta o bolsonarismo”, diz ele.
“Se 61% dos eleitores de Bolsonaro o defendem, 74% dos eleitores de Lula o culpam. Mais importante ainda, Bolsonaro é considerado culpado por quase metade de quem não foi votar (45%) ou votou branco/nulo – que tendem a ser mais despolitizados”, adiciona Nunes.
A pesquisa Genial/Quaest ouviu 2.015 pessoas em todo o Brasil, tem margem de erro máxima de 2.2% e 95% de confiabilidade.
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