Unesp de Botucatu, anunciou hoje (29), através do Diário Oficial do Estado de São Paulo, a demissão de uma Professora que participou dos ataques às sedes dos três poderes em janeiro. Sandra Moraes Gimenes Bosco, docente no Instituto de Biociências, já tinha sido afastada do cargo no dia 11 de janeiro após instauração de processo administrativo.
Na ocasião, a professora foi detida num ônibus que retornava de Brasília e foi levada para a delegacia da Polícia Federal de São José do Rio Preto.
Em nota, a Universidade declarou que Sandra cometeu infração de natureza disciplinar gravíssima: “Em relação à pena de demissão aplicada à professora Sandra de Moraes Gimenes Bosco, do Instituto de Biociências do campus de Botucatu, foi caracterizada infração disciplinar de natureza gravíssima, após criteriosa apuração ocorrida no âmbito do Processo Administrativo Disciplinar, instaurado pela unidade universitária em decorrência da participação da docente nos atos de 8 de janeiro de 2023.”
A Unesp completa, ainda, informando que respeitou o princípio constitucional de ampla defesa: O referido processo, iniciado em 10 de janeiro, respeitou o princípio constitucional da ampla defesa, o que foi atestado pela Assessoria Jurídica da Universidade, e propôs ao reitor a demissão da servidora após a constatação da violação de deveres funcionais previstos no Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado. A servidora tem direito a recorrer da decisão no Conselho Universitário.”
Em resposta, Sandra Gimenes disse que seu advogado de defesa ainda não teve acesso ao parecer completo da decisão, mas afirmou que irá recorrer. Ela ministrava no departamento de Microbiologia e Imunologia da Unesp de Botucatu desde 2010.
Paulo
29/04/2023 - 22h15
Incrível como a bruma bolsonarista envolveu e cegou gente, em princípio, que deveria prezar mais pelo bom senso, pelo descortínio. Enxergar mais, além do nevoeiro. Anderson Torres é um exemplo maior (embora não único); e, essa professora universitária, outro exemplo, menor (embora não único)…Guardadas as proporções…
EdsonLuíz.
29/04/2023 - 22h06
A presença de uma professora da Unesp em uma manifestação com as características do “08” —se a professora foi participar já tendo a informação de que haveria invasão ou se efetivamente participou de invasão— reflete o déficit democrático que está se apresentando na prática em nossa sociedade.
Por pesquisa, temos uma sociedade que propugna por democracia, mas na prática política mais ativa o que temos visto é um país exatamente dividido entre um bloco de forças antidemocráticas à direita e outro bloco de forças não democráticas que tem entre seus membros fragmentos importantes de defensores e apoiadores de ideias totalitarias ou de ditaduras estabececidas à esquerda.
Mesmo assim, nem coerência com os valores, princípios e conceitos que deveriam guardar e defender estes polaridados têm e o que mostram mais é que são, os dois, blocos de populistas com retóricas ultra-radicais, um se dizendo à esquerda e outro se dizdndo à direita. De claro mesmo o que vemos neles é a associação a ditadores, a populistas e a autocratas.
Do espectro ideológico inteiro, pouco sobra de democrático.
Tomando por democrático todos os que tendo o seu sabor ideológico e a ele sendo coerentes, por mais radical que sejam, guardem, no entanto,tolerância pelos outros sabores ideológicos, encontramos apenas o Partido Cidadania, o Partido Novo e atores avulsos mais ou menos numerosos em outras forças políticas.
Uma maioria dos que passam por democráticos, de verdade mesmo praticam um pragmatismo cínico e buscam apenas usufruir do poder, pouco se importando eles com ideologias e seus valores, princípios, conceitos, ou em guardar alguma coerência além da de serem fisiológicos disfarçados ou escancarados.
Deprimente o exercício da política no Brasil. Muito deprimente. Eu acho!
Edson Luiz Pianca.
edsonmaverick@yahoo.com.br
Aurelio
29/04/2023 - 19h42
Tá solta?