Durante o processo eleitoral de 2022, o então candidato à reeleição, Jair Bolsonaro, foi acusado de comprar votos de eleitores de baixa renda com o programa Auxílio Brasil, que substituiu o Bolsa Família e aumentou o valor do benefício em até 50%. O programa foi lançado em outubro, às vésperas do primeiro turno das eleições, e beneficiou cerca de 17 milhões de famílias. Isso sem falar da farra do empréstimo consignado para beneficiários do Auxilio Brasil que induziu milhões de cidadãos ao erro e expôs famílias em situação de vulnerabilidade sociais a juros extorsivos. Isso sem falar das reduções de combustíveis e outros rombos nos cofres públicos, tudo visando a eleição.
E se não bastasse tudo isso, ainda tivemos a intentona da Polícia Rodoviária Federal que tentou impedir milhões de brasileiros de exercerem o direito ao voto.
Agora, sob a luz das investigações sobre ocorrido, descobrimos que a cúpula da PRF deliberou por operações no 2º turno em reunião sigilosa e tentou cobrir rastros da conspiração.
Nunca na história do Brasil recente vimos uma eleição tão suja e um uso tão descarado do Estado em prol da campanha de um candidato.
Ainda descobriremos muitas coisas e até mesmo a verdadeira extensão dos delitos cometidos por Bolsonaro e seus cumplices durante o processo eleitoral de 2022.
Para aqueles que minimizam a vitória do ex-presidente Lula que levou um pouco mais de 1% a mais dos votos válidos que Bolsonaro, que fique evidente que o tamanho da vitória não está apenas nos números.
A cada vez que descobrimos detalhes sórdidos e hediondos, fica cada vez mais claro o tamanho da vitória do ex-presidente Lula, uma vitória que esta à altura dos desafios encontrados pelo seu governo.
Mas que fique claro! Por mais gigantesca que tenha sido essa vitória, ela se apequena toda vez que o governo evita confrontar os militares que estiveram envolvidos (mais uma vez) de forma intrínseca no processo de tentativa de corrosão da democracia nos últimos 10 anos.
Paulo
29/04/2023 - 22h30
O que não quer dizer, obviamente, que Bolsonaro e seu séquito não devam responder, na forma da lei, por esses atos ilegais…
Paulo
29/04/2023 - 22h27
Mesmo sem essas falcatruas a distância de Lula pra Bolsonaro não subiria muito, desconfio…