O caso aconteceu na cidade de Carolina, no Maranhão. De acordo com uma matéria do Uol, o prefeito, Erivelton Teixeira Neves (PL), e o vereador, Lindomar da Silva Nascimento (PL), viraram réus por causarem um aborto sem consentimento na vítima em 2017.
Conforme a denúncia do Ministério Público, o aborto teria sido realizado em um quarto de motel em Augustinópolis, no norte do Tocantins. Erivelton, que é médico, teria contado com a ajuda de Lindomar, seu motorista na época, para realizar o procedimento. Tanto o prefeito quanto o vereador optaram por ficar em silêncio durante as investigações. O prefeito não tem foro especial, pois não ocupava um cargo público na época dos fatos e agora responde à ação.
De acordo com o Ministério Público do Tocantins, Erivelton e a vítima tiveram um relacionamento entre 2010 e 2013, mas ela teria terminado após descobrir que ele era casado. Posteriormente, ela se casou com outro homem, mas em 2016 reatou o relacionamento com Erivelton e, alguns meses depois, descobriu que estava grávida.
O acusado afirmou à mulher que iria coletar seu sangue para realizar exames, porém teria aplicado um sedativo na vítima. Após o procedimento, Erivelton teria levado a vítima de volta para casa. Ela relatou ter percebido a presença de Lindomar no veículo, mesmo estando sedada. Já na residência, o prefeito teria ligado para uma enfermeira, com quem tinha amizade, para prestar assistência à mulher, que estava debilitada. Entretanto, a enfermeira não estava na cidade e os dois réus teriam abandonado a vítima desamparada.
“Dói demais. Eu podia ter morrido naquele motel. Não posso pedir colo nem para meus pais. Não sei como vou explicar para eles que não tem mais neném na minha barriga”, disse a vítima em uma mensagem de texto encaminhada para Erivelton.
A equipe da reportagem entrou em contato com os réus, mas até o momento não obteve resposta.