Ministro da Agricultura compara MST com terroristas bolsonaristas

Mateus Bonomi

Nesta quinta-feira, 27, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, fez sua avaliação sobre a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Segundo ele, isso é uma “prerrogativa do Congresso”. 

Por outro lado, ele lembrou que a CPI pode ser utilizada como palanque político por parte dos parlamentares bolsonaristas. Mas na sequência, Fávaro atacou as ocupações de terras supostamente produtivas e comparou o MST com os terroristas bolsonaristas que invadiram e depredaram a sede dos Três Poderes, no 8 de janeiro, em Brasília.

“É papel do Estado ajudar que a reforma agrária aconteça, mas dentro da lei. Invasão de terra produtiva não é concebível. Eu comparo, e já disse isso com muita tranquilidade, ao ato repugnante da invasão do Congresso Nacional ao mesmo nível de terra produtiva. E até porque não vai surtir efeito”.

Mas o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, criticou a criação da CPI, argumentando que não há um fato específico que justifique a investigação.

“Não vejo razão [para a CPI] se não alimentar uma luta política, ideológica, que não serve a ninguém, não move o país, não resulta em algo positivo para o país. O Congresso Nacional tem matérias mais importantes para se debruçar”.

Fávaro e Teixeira participaral de um encontro organizado pelo próprio ministro da Agricultura que reuniu ex-titulares da pasta, incluindo Tereza Cristina, que chefiou o ministério durante o Governo Bolsonaro.

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