O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, nesta sexta-feira (28), que seu governo trabalhará para demarcar o “maior número possível de terras indígenas” nos próximos quatro anos e que ter 14% de território homologado é “pouco”. O pronunciamento foi feito após a demarcação de seis territórios durante a 19ª edição do Acampamento Terra Livre, no Distrito Federal.
“Nossos ministros sabem que devem atender às reivindicações dos povos indígenas, porque elas foram negadas a vida inteira. A população indígena no Brasil dobrou, o que significa que os povos indígenas precisam de mais terras, saúde e educação”, escreveu Lula em seu Twitter.
A ministra Sônia Guajajara afirmou que a gestão Bolsonaro, foi de “negação dos direitos indígenas” e que a política anti-indigenista culminou no avanço do garimpo ilegal e no enfraquecimento das políticas ambientais. O presidente também afirmou que é preciso entender e respeitar a cultura indígena, entender as diferentes condições de vida e de que indígenas “não podem viver numa casinha”.
Em meio ao discurso o presidente ergueu uma faixa contra o marco temporal levada por um dos participantes do acampamento. Desde 2021, o STF analisa se as demarcações de terras indígenas devem seguir o critério de que só poderiam ser homologadas caso a área fosse ocupada antes da data da Constituição de 1988.
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