O tenente-coronel Mauro Cid, que era ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), tentou pegar as joias sauditas apreendidas pela Receita Federal no último dia útil do governo. A informação foi revelada durante depoimento, na Polícia Federal, de um servidor da Secretaria Especial de Administração da Presidência da República. A informação é do UOL.
Era 30 de dezembro de 2022, quando Mauro Cid ligou pela última vez para um servidor da Receita para pressionar a liberação das joias, avaliadas em R$16,5 milhões. O servidor Clóvis Félix Curado Júnior, foi quem descreveu a conversa, no dia 12 de abril. Ele confirma não ter atendido o pedido de Mauro Cid.
O servidor também disse que após o telefone de Mauro Cid, também recebeu uma ligação do ex-chefe da Receita Federal Júlio Cesar Vieira Gomes. O telefonema também foi uma tentativa do Governo Bolsonaro para a liberação dos itens.
Na sequência, Curado Júnior voltou a dizer que não cedeu ao auditor. Vale lembrar que o então chefe da Receita Federal falou direto com Bolsonaro sobre a liberação. Ele mobilizou servidores da Receita para tentar destravar o presente milionário para Bolsonaro.
Ainda nas ligações, Curado Júnior disse aos dois aliados de Bolsonaro que a liberação das joias dependia de um pedido formal no sistema e de uma avaliação técnica dos objetos. Por fim, o servidor disse a PF que após isso, não foi mais procurado.