As apurações da CPI dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do DF chegaram aos dados bancários do ex-comandante de Operações da PMDF. O coronel Jorge Eduardo Naime teria recebido pix de subordinados e de uma empresa de segurança privada antes dos ataques golpistas.
As transações foram encontradas após a quebra de sigilo bancário solicitada pela Comissão de Inquérito e devem ser enviadas para a Polícia Civil do DF e a Corregedoria da PMDF, para que seja investigada a origem das transferências. Os pix foram feitos desde pouco antes das eleições de 2022 até janeiro deste ano.
De acordo com o Metrópoles, o ex-comandante recebeu dinheiro de pelo menos três subordinados no Departamento de Operações da PMDF. Os valores variavam de 5 a 10 mil reais e as transações, por vezes, somavam mais da metade do salário dos oficiais.
Num período de cinco meses, a empresa H&F Vigilância de Segurança Ltda. transferiu ao coronel R$ 15.635,88. Ela fez Pix de R$ 3 mil mensalmente a Naime. O dinheiro foi repassado para a conta bancária do ex-comandante de setembro a janeiro. No dia 7 de dezembro de 2022, foi feito uma transferência adicional de R$ 635,88.
Naime era comandante de Operações da PMDF durante a invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro, mas, à época, estava de licença. Ele já havia dado seu depoimento no início de março e, agora, está preso por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF) sob suspeita de omissão com os atos.
Cleiton do Prado Perira
27/04/2023 - 12h02
99% de chance dos PIX’s serem do cartão corporativo do sujeito corrupto das joias.