Empresas de tecnologia têm permitido o impulsionamento de postagens com informações falsas sobre o chamado PL das Fake News, que institui medidas justamente para o combate à desinformação e disseminação de mentiras nas redes sociais.
Relatório produzido pelo NetLab, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), mostra que, por meio de anúncios pagos, essas publicações passaram a ser disseminadas desde a véspera da votação da urgência do PL 2630 na Câmara dos Deputados.
Levantamento do NetLab mostra que ao menos duas contas no Instagram pagaram para promover um anúncio sobre a possibilidade de o PL 2630, caso aprovado, restringir a liberdade religiosa no Brasil e até mesmo banir versículos da Bíblia, o que não é verdade.
Dentre os deputados que espalharam a afirmação falsa está o deputado federal Deltan Dallganol (Podemos-PR), que listou em sua rede social versículos que seriam barrados. Um influencer do Partido Novo endossou e impulsionou o mesmo conteúdo no Instagram. A publicação gerou 1 mil impressões nas redes sociais, a partir de investimento de R$ 100.
O projeto irá regulamentar a moderação de conteúdo pelas plataformas de redes sociais. Uma das principais mudanças é exatamente incluir as empresas como responsáveis por parte dos danos causados por anúncios pagos e distribuídos em suas redes sociais.
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