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FUP comemora a escolha de Mário Spinelli para diretoria de governança da Petrobrás

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) comemora a escolha, pelo Conselho de Administração da Petrobrás, de Mário Spinelli como novo diretor-executivo de Governança e Conformidade da estatal. “Venceu o bom-senso”, afirmou o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, referindo-se à vitória do respeito às regras do  estatuto da companhia e à derrota da manobra de “atravessadores”. […]

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A Federação Única dos Petroleiros (FUP) comemora a escolha, pelo Conselho de Administração da Petrobrás, de Mário Spinelli como novo diretor-executivo de Governança e Conformidade da estatal. “Venceu o bom-senso”, afirmou o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, referindo-se à vitória do respeito às regras do  estatuto da companhia e à derrota da manobra de “atravessadores”.

Spinelli, que já foi ouvidor-geral da Petrobrás, constava em lista tríplice encaminhada pela nova gestão da Petrobrás, comandada por Jean Paul Prates. A FUP denunciou na véspera a tentativa de membros do Comitê de Pessoas (COPE) da Petrobrás, de impor  um quarto nome, o de Salvador Dahan, que ocupou a diretoria de governança na gestão anterior, violando, assim, regras internas da empresa, que determinam a escolha da diretoria com base em lista tríplice.

A indicação paralela de Dahan foi criticada por empregados da Petrobrás, não apenas por contrariar regulamento interno e princípios de governança. Mas sobretudo pela considerada negligência do ex-diretor em questões que envolvem violência no trabalho, assédio moral e sexual na empresa, com casos crescentes nos últimos anos. A diretoria de Governança e Conformidade, que tem sob seu guarda-chuva a área de Ouvidoria, entre outras, é responsável também por esses temas.

Segundo registros da Petrobrás, somente em 2022, foram recebidas 64 denúncias de violência sexual, sendo 60 arquivadas pela empresa. A denúncia de assédio sexual e estupro cometidos por funcionários, dentro do Centro de Pesquisa da empresa (Cenpes) é de 2022, e, na época, a companhia não fez qualquer movimento.

“A violência ocorreu há sete meses e só houve punição ao agressor em março de 2023, após o Ministério Público denunciar”, destaca a diretora da FUP, Cibele Vieira, informando que, no ano passado, foram 851 denúncias de violência no trabalho, com crescimento de 23% sobre 2021.

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