A defesa de Anderson Torres, voltou a falar em seu quadro psiquiátrico e reforçou o pedido de mudança no regime prisional ou revogação da prisão do ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro.
Os advogados alegam que os impactos da prisão no ministro “podem levar o paciente a ceifar a própria vida […] a única certeza que se tem é que seu estado mental tenderá a piorar”
Na última segunda-feira (24), o depoimento do ex-ministro foi cancelado após a defesa alegar “drástica piora” no estado emocional de Torres, depois de ter o pedido de liberdade negado pelo Ministro do STF, Alexandre de Moraes.
De acordo com a defesa, um laudo emitido em 10 de abril indicava pensamentos suicidas e, no último sábado (22), outro laudo emitido pela rede pública de saúde apontou o aumento de “risco de tentativa de auto extermínio”.
No dia 25, Torres teria apresentando “sintomas de alteração emocional, em aparente crise de ansiedade, chorando de forma compulsiva, relatando enorme saudade de seus familiares, em especial de suas filhas, expondo palavras e ideias sem nexo, e expôs seu desânimo com a manutenção de sua vida”
Torres, que está preso desde 14 de janeiro, deveria depor para esclarecer um suposto pedido feito à PF e PRF para que interferissem no fluxo de eleitores no dia do segundo turno das eleições. O ex-secretário teria entrado em contato com a PF da Bahia para atrapalhar a locomoção de eleitores de Lula até locais de votação.