Amanhã será instalada a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) e os principais veteranos da CPI da covid, evitam falar sobre um tema polêmico: militares.
Encaminhei aos assessores dos senadores que eram que eram da oposição ao governo Jair Bolsonaro as seguintes perguntas:
- Se eles acham que foi um erro a CPI da pandemia não ter convocado generais (como Braga Netto) envolvidos com o caos da covid;
- Se eles acham que a CPMI conseguirá atingir a cúpula das forças armadas (principalmente por conta da nota que emitiram em 11/11/22 chancelando os acampamentos e por não removerem os acampamentos);
Nenhum dos senadores consultados quis responder as questões por diferentes motivos: alguns prezam pela cautela já que nem relatoria, nem presidência ou composição da CPMI foram definidos, outros não deixaram claros os motivos para não responderem os questionamentos.
Já a assessoria do senador Randolfe Rodrigues (REDE-AP) afirmou que não como o senador está acompanhando a comitiva do presidente na Europa, pediu para que a coluna retornasse na quarta-feira (25).
Encaminhei também as mesmas questões para a assessoria do senador Fabiano Contarato (PT-ES) que retornou com a seguinte manifestação do parlamentar petista:
“Sou a favor da apuração com rigor dos atos antidemocráticos do dia 08 de janeiro. Vamos continuar apoiando as ações das instituições competentes na investigação das evidências para punições severas, nos termos da lei. Também apoiamos a possível instalação de uma CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) para apurar a responsabilidade de bolsonaristas nesse atentado à democracia. Os criminosos precisam ser responsabilizados pelo seu vandalismo e terrorismo político!”
Fabiano Contarato (PTES)
A questão envolvendo militares também foi polêmica na CPI da pandemia, ontem uma fonte revelou à esta coluna que o senador Renan Calheiros (MDB-AL) ficou praticamente isolado nesse tema durante a CPI e que para a aprovação do relatório, precisou tirar os militares da discussão e das investigações.