Segundo uma fonte, o senador Renan Calheiros teria disposição de enfrentar os militares na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI). Desde fevereiro o senador defendia a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) como maneira de evitar qualquer desgaste desnecessário ao presidente Lula e ainda jogar luzes sob os culpados pela destruição em Brasília.
Desde o começo o senador tem a intenção de “partir pra cima” de corporações envolvidas com o golpismo de janeiro e agora fontes próximas acreditam que ele teria condições de investigar a colaboração dos militares para o golpismo no Brasil. Diferente que do que ocorreu na CPI da Pandemia quando o senador se encontrou praticamente isolado na discussão envolvendo a convocação de militares como o general Braga Netto que chefiou o comitê de ações de combate à pandemia.
Na ocasião, a desistência em convocar militares envolvidos nas mais de 500 mil mortes de brasileiros pela covid-19 era um custo a se pagar pela aprovação do relatório final da pandemia.
Inclusive, segundo esta fonte, o plano do senador seria justamente usar uma CPI sobre o 8 de janeiro como forma de fazer o enfrentamento a estamentos do Estado e da sociedade brasileira que Lula, até o momento, não teria força para confrontar.
Em um artigo publicado na Folha de São Paulo em fevereiro deste ano, o senador escreveu um artigo onde reforçou que o foco de uma CPI deveria ser os mentores (sejam eles intelectuais ou materiais) do caos em Brasília.
Segundo essa fonte, o foco do senador é “o golpismo em si” e que essa CPMI “seria uma caça ao golpismo”, seja ele militar ou civil embora ela reconheça que as possíveis quebras de sigilo que serão pedidas pelo senador sejam muito delicadas e vão exigir muito diálogo e negociação.
Que a oposição se prepare, pois Renan Calheiros está vindo aí