Na tarde desta sexta-feira, 21, o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Gonçalves Dias, deixou a sede da Polícia Federal após prestar depoimento de 4 horas e 30 minutos no inquérito que apura os atos terroristas de 8 de janeiro, quando apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) invadiram e depredaram a Praça dos Três Poderes, em Brasília (DF).
Na última quarta-feira, 19, Gonçalves Dias pediu demissão após a repercussão de um vídeo, divulgado pela CNN Brasil, onde militares do GSI aparecerem dando suporte para os terroristas avançarem rumo ao Palácio do Planalto.
Na entrevista que concedeu a GloboNews, Gonçalves Dias acusou a CNN Brasil de manipular as imagens. “Colaram a minha imagem àquele major distribuindo água aos manifestantes…”, disse o ex-ministro.
“Fizeram um corte específico na produção dos vídeos que vocês olharam. Aquilo é absurdo para minha imagem. Tenho 44 anos de profissão no Exército Brasileiro. Sempre pautei minha vida nos valores éticos e morais. Meu maior presente é a honra. Não sei onde vazou”.
Mais cedo, o secretário-executivo do Ministério da Justiça e ministro interino do Gabinete de Segurança Institucional, Ricardo Cappelli, revelou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) autorizou a despolitização do órgão e de forma acelerada.
“A principal pedida do presidente foi acelerar a renovação [substituição de membros do gabinete], isso vai estar em curso na semana que vem”, disse Cappelli a Folha de S. Paulo.
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