De acordo com o depoimento obtido pelo G1, o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Gonçalves Dias, alegou não ter efetuado prisões porque estava fazendo um ‘gerenciamento de crise’. O ex-ministro também disse estar em outro setor do Palácio do Planalto e, durante o ataque, um apagão afetou os sistemas de inteligência do GSI.
Dias foi ouvido durante 5 horas nesta sexta-feira (21) após imagens mostrarem que ele estava no Planalto durante os ataques. Ele disse que um apagão afetou a inteligência do GSI e não havia informações suficiente e, portanto, não conseguia tomar decisões ou efetuar prisões sozinho.
“Que o declarante não tinha condições materiais de, sozinho, efetuar prisão das 3 pessoas ou mais que encontrou no 3° e 4° andares, sendo que um dos invasores encontrava-se altamente exaltado”, relatou o ex-ministro.
Em imagens divulgadas do Planalto pela CNN Brasil, é possível ver integrantes do GSI conversando com radicais e um deles, Major Eduardo Natale, oferecendo água. Ao ser questionado, o ex-ministro disse que se tivesse presenciado a cena, teria prendido o major.
“Que indagado a respeito de o major José Eduardo Natale de Paula Pereira haver entregue uma garrafa de água a um dos invasores; que deve ser analisado pelas circunstâncias do momento os motivos do major, mas que, se tivesse presenciado, o teria prendido”, disse Dias em depoimento.