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Sem concordar em ‘pôr fogo no circo’, Lula vira peça-chave para paz na Ucrânia, avalia especialista

Sputnik – O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, concluirá sua viagem pela América Latina após visitar Cuba. Em Havana, Lavrov conversará com o presidente do país, Miguel Mario Díaz-Canel Bermúdez, e com o seu homólogo, Bruno Rodríguez. O diretor do Centro de Estudos Ibero-Americanos da Universidade Estatal de São Petersburgo, Viktor Kheifets, […]

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Lula e Xi Jinping, abril de 2023. Foto de Ricardo Stuckert.

Sputnik – O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, concluirá sua viagem pela América Latina após visitar Cuba.

Em Havana, Lavrov conversará com o presidente do país, Miguel Mario Díaz-Canel Bermúdez, e com o seu homólogo, Bruno Rodríguez.

O diretor do Centro de Estudos Ibero-Americanos da Universidade Estatal de São Petersburgo, Viktor Kheifets, explicou à Sputnik o que motivou e o que esperar da visita do diplomata russo à região.

De acordo com o professor, a visita do chanceler russo à região não é uma coisa nova, já que tem parceiros e aliados, como os países que está visitando, sendo o Brasil o parceiro mais importante, inclusive por fazer parte do BRICS.

Além disso, o professor destaca que a Rússia pretende escutar a opinião e o que estes países têm a dizer ao país.

A Rússia sabe que os países latino-americanos não concordam completamente com a Rússia, contudo, estão dispostos a entender o ponto de vista russo, para tentar colocar um fim no conflito na Ucrânia.

Tanto é que o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, foi convidado a mediar e encontrar uma resolução pacífica no conflito, demonstrando o quanto o Brasil é importante para Moscou.

“Mesmo não concordando completamente com a Rússia, Lula definitivamente não concorda com o plano ocidental de ‘por fogo no circo’ no conflito”, destacou o professor.

Tanto que na declaração conjunta entre a República Federativa do Brasil e a República Popular da China, divulgada pelo Itamaraty, o Brasil expressou seu apoio à proposta chinesa para o cessar-fogo na Ucrânia, a qual “oferece reflexões conducentes à busca de uma saída pacífica para a crise”.

Falando sobre a influência americana na região e se os países latino-americanos poderiam lidar diretamente com esta situação, o professor voltou a destacar o Brasil.

“Ainda no governo Bolsonaro, manteve sua posição e insistiu para que os fertilizantes russos não fossem adicionados à lista de sanções americanas. Para o Brasil este foi um momento importante para garantir suas exportações agrícolas”, destacou.

O professor ainda ressaltou que os países da América Latina manterão suas posições com relação à situação na Ucrânia, ou seja, mesmo não concordando completamente com Moscou, estes países refutam a participação na aplicação de sanções, por saberem que as medidas tomadas pelo Ocidente são de carácter unilateral, ou seja, levam em conta apenas os interesses ocidentais.

Além disso, os países latino-americanos também não concordam com o fornecimento de armas à Ucrânia, tanto que nenhum dos países da região forneceu algum tipo de ajuda no conflito, mesmo sendo pressionados a isso.

Segundo o professor, a turnê de Lavrov pela América Latina foi bem-sucedida, principalmente pelo fato de o Brasil ter um plano de paz para o conflito na Ucrânia, bem como pelo interesse de Cuba em uma parceria econômica com a Rússia e o fato de a Venezuela manter sua posição, mesmo com a pressão americana.

Durante sua vista pela região, o diplomata russo visitou Brasil, Venezuela, Nicarágua e Cuba.

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EdsonLuíz.

20/04/2023 - 12h48

Não escondam a verdade e os fatos!

Lula incendiou tudo, colocou a culpa na vítima que foi invadida e está sendo esfolada sem ter feito nada a não ser pedir socorro contra a sanguinária Rússia. E Lula negou socorro até quando o chanceler veio pessoalmente aqui para pedir pela democracia e pela Ucrãnia.

Lula foi trocar apoio por algumas quinquilharias chinesas e se prostrou diante do ditador da China e, diante do ditador, deu declarações afrontosas contra toda a comunidade democrática que está ajudando a Ucrânia a se defender e chegou a pregar a covardia de deixarem a Ucrânia sem armas para que o estupro praticado pela Rússia seja facilitado.

Ficar dissolvendo a gravidade do que Lula fez e faz contra as democracias não ajuda a levar o PT a renunciar a suas práticas de atacar e destruir democratas e se converter de forma verdadeira aos valores democráticos e progressistas.

Lula, a nós democratas brasileiros, nunca conseguiu enganar sobre nada, muito menos sobre a Ucrânia, com as declarações para confundir que ele dava. Depois, ele escancarou se prostrando a Putin, a Xi Jiping e a Lavrov. Se agora ele começou a sentir as consequências do isolamento que estava criando para o Brasil, cabe pedir desculpas.

Eu penso que para reparar, depois de Lula na China e de Lavrov aqui no Brasil assumindo que até aqui a posição do Brasil e da Rússia é a mesma (que em diplomacia é declarada como “similar”), para melhorar as coisas um pouquinho Lula precisa ir pessoalmente à Ucrânia e de lá pedir desculpas pela barbárie que tem pregado contra a democracia e por culpar um país que é vítima dos ditadores amigos de Lula.

Não é bom enganar. O isolamento que Lula causou está escancarado e as consequências serão muito difíceis porque a democracia não pode aceitar tramas explícitas e declaradas contra ela como as de Lula, Putin, Xi Jiping, Nicolás Maduro…

Muitas coisas serão tratadas como se estivesse tudo bem. Ninguém vai ficar xingando Lula por ele ofender a justeza e defesa de valores humanos e democráticos de quem os pratica. Questões ambientais serão mantidas avançadas, questões comerciais não serão canceladas.

Mas tecnologias sensíveis não chegarão aqui. Ou alguém acha que a Suécia, depois da performance escabrosa de Lula contra os países democráticos e as ofensas de Lula a quem ajuda a Ucrânia e à própria Ucrânia, vai embarcar tecnologia sensível nos jatos de Guerra Gripen que desenvolve junto com a Embraer? Alguém acha que pesquisas com o vírus Marburg, com o Ebola e outras delicadezas assim que possam ser repassadas para Irã ou Rússia, depois de alinhamento tão explícito de Lula serão continuadas?

A desconfiança fica bem maior depois que o desafiador fica negando o que fez. Porque além de não ser confiável por assumir que está aliado a ditaduras duríssimas, ainda passa à desfaçatez de negar o que fez presencialmente, ao vivo e filmado.

Quanto mais ficar negando a covardia de Lula contra as democracias e contra a Ucrânia, maior o isolamento, embora tudo vá ser tratado como se nada mudou.


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