O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, declarou que em conversas privadas com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que apelou pela queda dos juros. Ele argumenta que uma taxa de 13,75% ao ano impede a retomada do crescimento. Rodrigo Pacheco avalia que a redução deve ser gradual com bases em critérios técnicos, mas também considerando a realidade do país de uma economia estagnada. No dia 27, Campos Neto participará de uma sessão de debate no Senado com os ministros da Fazenda, Fernando Haddad e do Planejamento, Simone Tebet, além de economistas e representantes do setor produtivo.
Por Hérica Christian
20/04/2023, 14h05 – ATUALIZADO EM 20/04/2023, 14h05
Agência Senado — O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, voltou a defender a redução dos juros, atualmente em 13,75% ao ano. Em um evento para empresários em Londres, na Inglaterra, ele declarou que esse apelo não é apenas do presidente Lula, mas de parlamentares e de empresários que alertam que empréstimos com taxas elevadas impedem investimentos. Lembrou ainda de sinais da redução da inflação e do compromisso do Congresso Nacional com a aprovação do novo arcabouço fiscal e da Reforma Tributária, além de medidas que aumentam a arrecadação. Rodrigo Pacheco comentou que já pediu ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em conversas privadas, a redução sustentável da taxa básica de juros.
Mas eu quero acreditar que o desejo do presidente do Banco Central, até pela responsabilidade que tem com o país e com o crescimento da nossa economia, o desejo dele também seja da redução. E o que eu busquei foi fazer um apelo a ele que ele como autoridade maior do Banco Central possa conduzir esse processo de uma redução sustentável, equilibrada, responsável da taxa de juros. Então, é um diálogo sempre muito franco, sempre muito equilibrado, mas que é necessário se ter. Nós precisamos reduzir a taxa de juros e esse é o apelo que o Senado faz ao Banco Central.
Ao ressaltar que o próprio Senado aprovou a independência do Banco Central, Rodrigo Pacheco avalia que o BC deve manter o caráter técnico de suas decisões, mas precisa considerar também a realidade do País como um todo.
Evidente que nós não queremos fazer algo que seja de atropelo, que seja sem fundamentos técnicos. Mas nós compreendemos que além da base técnica há um componente de sensibilidade política. Nós precisamos crescer a economia e não se cresce a economia com taxa de 13, 75. Se nós formos aguardar acabar com os ruídos da política, nós não podemos atrelar uma solução dos juros a isso. Então, esses ruídos continuarão e nós temos que apartar a agenda dos ruídos e das polêmicas da agenda de Brasil. E essa agenda de Brasil envolve a contenção da inflação, a estabilização da nossa moeda e a redução da taxa de juros para que a gente possa ter um crescimento econômico.
Além do presidente do Banco Central, também participam da sessão de debates sobre a taxa de juros no Plenário do Senado no dia 27 o ministro da Fazenda, Fernando Haddad; a ministra do Planejamento, Simone Tebet, além de economistas e representantes do setor produtivo.
Assista (2min3s):
https://www.youtube.com/watch?v=BWRZ_EshKHE
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