Objetivo é proporcionar mais segurança, modernidade e agilidade às votações, que acontecem nesta quinta (20) e no dia 27 de abril
Publicado em 19/04/2023 – 19h13
TSE — As eleições de imortais da Academia Brasileira de Letras (ABL) terão uma novidade neste ano. Pela primeira vez, serão utilizadas urnas eletrônicas nas votações que acontecem nesta quinta-feira (20), para a cadeira de Nélida Piñon, e no dia 27 (próxima quinta), para a vaga de Cleonice Berardinelli.
As urnas foram emprestadas pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ). A finalidade da ação inédita é proporcionar mais segurança, modernidade e agilidade ao processo de votação para a escolha dos próximos imortais da Academia, bem como à apuração dos votos. Instituição cultural inaugurada em 20 de julho de 1897 com sede no Rio de Janeiro, a ABL tem como objetivo o cultivo da língua e da literatura nacionais.
Além do empréstimo das urnas, o TRE-RJ preparou os equipamentos, com a inserção dos dados de eleitoras, eleitores, candidatas e candidatos. Promoveu também, nesta quarta (19), um treinamento para os funcionários da ABL que vão atuar como mesários, fiscalizando o andamento do pleito e apurando os votos por meio do Boletim de Urna emitido ao final da votação.
Vale registrar que a fiscalização da votação, a apuração e a totalização dos votos são de responsabilidade da ABL.
O empréstimo de urnas eletrônicas para eleições não oficiais é regulamentado pela Resolução TSE no 22.685/2007.
Sobre o processo da ABL
Até então, as eleições da Academia aconteciam por três modalidades: por carta, de forma presencial (via cédulas) ou virtual. É também via carta, para o presidente da ABL, que o candidato a uma vaga de imortal deve apresentar sua candidatura à sucessão, evidenciando os motivos pelos quais é digno de tal posição.
Outras duas curiosidades sobre o processo eleitoral da ABL são: terminada a contagem dos votos, as cédulas e cartas com votos recebidos são queimadas; e o candidato eleito só é considerado acadêmico após discurso na solenidade de posse.
A ABL tem 40 membros efetivos, que são conhecidos como imortais devido às obras dos acadêmicos, que ficam para sempre. Segundo o estatuto da instituição, para se candidatar a uma cadeira da Academia, é preciso ser brasileiro nato e ter publicado, em qualquer gênero da literatura, obras de reconhecido mérito ou, fora desses gêneros, livros de valor literário.