Nesta quarta-feira (19), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) negou revogar o Novo Ensino Médio “sem ter nada para colocar no lugar”. A declaração foi concedida durante cerimônia de lançamento do PPA Participativo – iniciativa para movimentos sociais e entidades populares ajudarem a definir prioridades para elaboração do orçamento federal.
Lula disse que o governo irá “aperfeiçoar a iniciativa”. Na terça (18), o presidente falou que o debate começou durante o período de transição. Com as críticas da sociedade, o governo federal montou uma comissão para debater a melhor saída para aperfeiçoar o ensino médio, explicou Lula.
“É isso o que nós vamos fazer: discutir com as entidades”, reforçou. “Não é apenas revogar sem ter nada para colocar no lugar. É muito sério o que aconteceu com o ensino médio neste País e, portanto, nós temos de tratar com a maior seriedade”, disse Lula
O cronograma de execução do Novo Ensino Médio foi publicado em 2021 e previa a implantação gradual do novo modelo até a promoção de um novo Enem em 2024. Na prática, a suspensão dos prazos não alterou o dia a dia das escolas, que continuam sob as diretrizes do Novo Ensino Médio.
“Nós vamos apenas suspender as questões que vão definir um novo Enem em 2024 por 60 dias. E vamos ampliar a discussão”, resumiu o ministro da Educação, Camilo Santana, no início do mês. “O ideal é que, em um processo democrático, a gente possa escutar a todos, disse o ministro.
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