Segundo publicado há pouco em diversos órgãos de imprensa, o presidente Lula e o núcleo político do governo foi surpreendido pela divulgação das imagens da câmera interna posicionada diante da sala presidencial.
O presidente Lula havia pedido imagens dessa câmera específica, e foi informado, pelo próprio Gonçalves Dias, que ela estaria quebrada durante o 8 de janeiro e que, portanto, não havia captado nenhuma imagem.
Como vimos, foi uma mentira.
A câmera captou imagens do próprio chefe do GSI, Gonçalves Dias, e de vários agentes do órgão, interagindo com terroristas. Segundo nota do GSI, eles orientaram os terroristas a sair do terceiro andar, ou seja, ajudaram a polícia no processo de evacuação dos terroristas.
Mas o governo foi enganado.
A versão que circula na imprensa é que o próprio Gonçalves Dias teria sigo enganado, por sua própria equipe, sobre o funcionamento dessa câmera em específico, e que ele contaria ainda com a confiança do presidente.
De qualquer forma, não havia mais condições políticas ou administrativas para permanência de Gonçalves Dias, pois se não foi desonesto, foi incompetente.
Se Dias foi desonesto, ou seja, se escondeu o vídeo do governo, então merece ser preso; se foi incompetente, merece ser demitido e nunca mais trabalhar com inteligência.
O GSI é um órgão de inteligência, e o mínimo que se espera de seu chefe é que saiba escolher seus subordinados.
A notícia, além disso, parece ser a pá de cal no GSI. O órgão já havia sido esvaziado, com a transferência da ABIN, antes sob sua alçada, para a presidência da república.
Uma das razões dessa transferência era, justamente, a desconfiança de que seus membros não seriam de confiança, ou seriam mesmo infiltrados bolsonaristas.
Agora não há mais dúvidas. O próprio vazamento do vídeo, que serve à causa bolsonarista, alimenta suspeitas de presenças de infiltrados no órgão.
O presidente Lula indicou o secretário Ricardo Cappelli para chefiar, interinamente, o órgão. E agora será necessário repensar inteiramente a função do GSI no governo.