Nesta terça-feira, 18, o senador e ex-juiz parcial Sergio Moro (União Brasil-PR) tentou novamente se explicar sobre sua afirmação de “comprar um habeas corpus” do ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes.
Moro tenta se justificar dizendo que no momento da acusação “brincava-se sobre ‘cadeia’ em festa junina na qual paga-se uma prenda para sair (atenção: não é crime pagar ou receber nesse caso)”. Como se sabe, as festas juninas só acontecem no mês de junho, e não em abril, mês atual.
O ex-juiz parcial também afirma que têm “divergências sérias” com o ministro Gilmar Mendes, “mas nunca o acusei de crimes”.
Ontem, a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma denúncia contra o senador e ex-juiz parcial.
A vice-procuradora da República, Lindôra Araújo, pede que o atual senador seja condenado e que se a pena for superior a quatro anos de prisão que Moro perca o seu mandato. A informação é da colunista Mônica Bergamo, na Folha.
De acordo com Lindora, Moro cometeu o crime de calúnia contra Gilmar quando insinuou que o ministro pratica corrupção passiva.
A PGR lembra que o ex-juiz parcial estava ciente da gravidade do que estava dizendo e fez na frente do público, e sabendo que estava sendo filmado. Por fim, a PGR também diz que Moro atuou com o objetivo claro de depreciar e descredibilizar a atuação de Gilmar Mendes no STF.