Em 2020, as receitas geradas pelo petróleo eram apenas 0,9% do PIB. Ao final de 2023, elas serão 3% do PIB e até 2030 baterão em 5,4% das receitas nacionais. O Brasil hoje produz 3 milhões de barris de petróleo por dia, sendo que um milhão é exportado. Até 2025, a produção nacional deve saltar para 5,2 milhões de barris/dia – a maior parte do excedente será vendida ao mercado externo, sobretudo asiático.
As previsões foram apresentadas na terça (18) no seminário online “A transição energética e os impactos na economia”, promovido pela Folha e o FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas). Segundo os debatedores, esse excedente deverá ajudar na estabilização da economia brasileira.
Bráulio Borges, pesquisador associado do FGV Ibre, comenta esse avanço trazido pelo pré-sal. “Durante muitos anos o Brasil foi importador líquido de petróleo e derivados. Isso mudou a partir de 2016, e agora passaremos a ter um grande excedente”, afirma Borges.
De acordo com Fernanda Delgado, diretora-executiva do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás, boa parte do petróleo brasileiro não consumido internamente será exportado para países asiáticos. O baixo teor de enxofre do óleo brasileiro é um atrativo.
Para Silvia Matos, coordenadora do Boletim Macro FGV Ibre, a receita do setor poderá ajudar o Brasil a melhorar a estabilidade das contas públicas e, como consequência, o ambiente para investimentos na área. A previsão de R$ 925 bilhões de investimentos no setor devem gerar 400 mil empregos.
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