Ato será no próximo dia 21 e chama atenção para dois projetos que ameaçam manancial hídrico da RMBH
Publicado em 17/04/2023 – 18h39
Por Amélia Gomes – Belo Horizonte (MG) – Brasil de Fato MG
Brasil de Fato — Após um hiato de três anos o tradicional manifesto em defesa da Serra da Moeda será retomado no próximo dia 21. Neste ano, a atividade tem como tema “Água em quantidade e qualidade para todos”.
Além da proteção ambiental, o protesto chama atenção para as ameaças atualmente enfrentadas pelo território. De acordo com a ONG Abrace a Serra da Moeda, uma das principais preocupações é a diminuição da vazão de água ocorrida em função da instalação, em 2015, da fábrica da Coca-Cola em Itabirito.
A organização afirma que o empreendimento extrai mensalmente mais de 173.000 m³ de água subterrânea da Serra da Moeda. “Com isso, algumas comunidades de Brumadinho, entre elas Campinho e Suzana, passaram a enfrentar uma situação de desabastecimento e escassez hídrica que se arrasta por oito anos”, denuncia Beatriz Vignolo, advogada e ambientalista da ONG.
CSul Lagoa dos Ingleses
Outro projeto que também coloca em risco a segurança hídrica da Serra da Moeda é o “CSul Lagoa dos Ingleses”. A proposta consiste em uma expansão urbana para mais de 200 mil pessoas em torno do Alphaville, na Grande BH, proposta que para ambientalistas da entidade representaria a construção de uma nova cidade dentro de Nova Lima.
Caso seja executado, a previsão é que o projeto terá demanda de mais de 2.300.000 m³ de água por mês. O abastecimento viria do aquífero Cauê, um dos maiores mananciais do estado, localizado na Serra da Moeda.
Além de ambientalistas e ativistas a celebração de retomada do “Abrace a Serra da Moeda” contará também com a participação de artistas como a cantora Sol Bueno, o Grupo Sorriso Negro e com a presença da Comunidade Quilombola de Sapé, entre outras atrações culturais.
Edição: Elis Almeida
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