Segundo chanceler colombiano, encontro vai ocorrer em Bogotá no dia 25 de abril e Washington deve enviar representante
Publicado em 14/04/2023 – 17h07
Por Lucas Estanislau – Brasil de Fato – Caracas (Venezuela)
Brasil de Fato — O chanceler da Colômbia, Alvaro Leyva, confirmou nesta quinta-feira (13) que a conferência em prol dos diálogos entre governo e oposição da Venezuela, proposta por seu país, acontecerá em Bogotá no próximo dia 25 de abril.
Entretanto, segundo o ministro colombiano, as delegações do governo e da oposição venezuelana não participarão desse primeiro encontro. A reunião, disse Leyva, contará com a presença de outros 15 países, entre europeus e latino-americanos.
“[A oposição] não participaria, são etapas diferentes. Além disso, para a primeira convocatória participariam países diferentes da Venezuela, que estão preocupados com a situação. A Venezuela não participaria”, disse à imprensa após participar de uma reunião do Conselho de Segurança da ONU, em Nova York.
Ainda segundo o chanceler, a presença dos Estados Unidos está confirmada, ainda que o país não tenha anunciado quem o representará.
A proposta do encontro foi feita pelo governo colombiano no dia 28 de março com o objetivo de “reabrir caminhos e construir uma agenda para estimular e apoiar o diálogo entre a oposição venezuelana, a sociedade civil deste país e o governo da Venezuela”.
Nos encontros entre governo e oposição da Venezuela na Mesa de Diálogo Nacional no México, iniciados em setembro de 2021 com mediação dos governos mexicano e norueguês, a principal reivindicação de Caracas é o fim das sanções e a liberação de recursos e ativos bloqueados pelos EUA a pedido da oposição. Já a delegação opositora exige a definição de um cronograma eleitoral, com regras para o próximo pleito presidencial.
As negociações, no entanto, estão congeladas desde novembro de 2022. A interrupção ocorreu após Caracas denunciar que a delegação opositora ainda não cumpriu um acordo assinado por ambas as partes que previa a liberação de mais de US$ 3 bilhões que pertencem ao Estado venezuelano e que estavam bloqueados no exterior por conta das sanções dos EUA solicitadas pela oposição.
Nesta quinta-feira, Leyva disse esperar que o encontro em Bogotá sirva para conversar sobre “o reinício do diálogo no México, para que se possa chegar em eleições presidenciais em 2024”.
“Para isso, é preciso deixar de lado algumas sanções que existem e prosseguir com o que se conversou no diálogo social. É importante que as eleições possam acontecer com garantias para todas as partes, garantias reais, […] e que as eleições sejam reconhecidas pelo mundo inteiro”, disse.
Segundo Bogotá, a conferência que acontecerá dia 25 de abril não pretende substituir as mesas de negociação no México. Ao contrário, visa destravar pontos para que as delegações retomem as conversas.
Com a medida, o governo do presidente colombiano Gustavo Petro se envolve ainda mais na tentativa de mediar as disputas internas do país vizinho. Em novembro do ano passado, o mandatário já havia participado de uma reunião em Paris, na França, que contou com a participação dos presidentes francês, Emmanuel Macron, e argentino, Alberto Fernández, além dos representantes do governo venezuelano, Jorge Rodríguez, e da oposição, Gerardo Blyde.
Edição: Nicolau Soares
William
15/04/2023 - 10h47
O próximo país a falecer de vez vai ser a Argentina.
Edu
15/04/2023 - 09h31
Cadelinhas, cadelinhas…
Vcs devem estar com. Inveja de não ter um CAPANGA como o SAFADÃO, UM cúmplice, CAPANGA, Nelson piquete, pra esconder suas MUAMBAS, heim ????????
175 caixas !!!!!
Hahahahahahaha
Vcs NUNCA se preocuparam com crime NENHUM.
O que querem é MENTIR, CALUNIAR, ENGANAR …
Paulo
14/04/2023 - 22h03
Não há diálogo possível com quem detém o poder absoluto. O que ofereceriam pra um homem nessa condição? Ele só tem a perder…A Venezuela será, em breve, uma nova Cuba, com autoritarismo crescente e fim absoluto das liberdades democráticas…Não há como imaginar que Maduro – um dos únicos gordos da Venezuela – realmente se interesse por perder acesso às poucas fontes de alimento de que o país dispõe – com exclusividade ou preferência, ainda, pra não falar de outras vantagens…