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Ministro Silvio Almeida defende a descriminalização das drogas para combater o tráfico

Ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania disse que a opinião é pessoal e que não há direcionamento do governo nesse sentido Publicado em 12/04/2023 – 19h21 Por Emanuelle Brasil – Câmara dos Deputados Agência Câmara — O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, afirmou aos deputados nesta quarta-feira (12) ser favorável […]

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Bruno Spada/Câmara dos Deputados

Ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania disse que a opinião é pessoal e que não há direcionamento do governo nesse sentido

Publicado em 12/04/2023 – 19h21

Por Emanuelle Brasil – Câmara dos Deputados

Agência Câmara — O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, afirmou aos deputados nesta quarta-feira (12) ser favorável à descriminalização das drogas como parte de uma estratégia mais eficiente de combate ao crime organizado no país.

Em audiência na Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados, ele afirmou que o uso das drogas é “um problema de saúde pública, e não de natureza criminal”. No entanto, ele ressaltou que se trata de uma opinião pessoal.

“Não há nenhum direcionamento do governo em relação a esse tema, mas eu tenho uma opinião, que é uma opinião minha, pessoal e que está baseada em ampla literatura sobre o tema e experiências internacionais sobre a descriminalização das drogas”, afirmou o ministro.

Observando a diferença entre descriminalização (quando não há punição penal) e legalização (quando o uso passa a ser regulamentado por lei), o ministro exemplificou que nem sequer a água pode ser colocada diante do público sem regulação.

“Descriminalização das drogas não é o contrário de regulação, de colocação em fluxos econômicos e de um debate político e jurídico no campo da saúde pública, a exemplo do que é feito em outros países”, disse.

Questões estruturais

Almeida argumentou que a indefinição jurídica sobre quem são os traficantes e os usuários cria uma “zona cinzenta” que favorece as organizações criminosas, as quais seguem recrutando jovens vulneráveis para o tráfico, bem como agrava as condições desumanas do sistema carcerário.

“Trata-se de fazer com que a prisão não seja um meio social de controle da pobreza, em que nós só prendemos pobres e os ricos que traficam em grande estilo, com o uso de aviões, também tenham de enfrentar os rigores da lei”, disse.

Deputados manifestaram preocupação com prisões de envolvidos nos atentados de 8 de janeiro – Bruno Spada/Câmara dos Deputados

Contrário a essa tese, o deputado Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP), que solicitou a audiência, afirmou que a descriminalização iria alavancar a criminalidade. “A legalização das drogas não vai permitir que esses criminosos deixem de praticar outros crimes, porque eles têm uma personalidade ligada o crime”, afirmou.

Citando o Uruguai, que foi o primeiro país do mundo a legalizar a maconha em 2013, Bilynskyj disse que em 2016 a diretoria de polícia daquele país anunciou um aumento na apreensão de maconha ilegal, a qual passou de 2,5 toneladas em 2015 para 4,3 toneladas em 2016.

Em resposta, o ministro reiterou que não enxerga a descriminalização como fator de aumento de crimes. Ele citou exemplos de países que em sua opinião foram bem-sucedidos na política para as drogas, como Portugal e Alemanha.

“As experiências dos outros países não têm demonstrado isso, e nós não temos uma política de descriminalização. Quando nós tivermos uma política de descriminalização, nós vamos ver se, de fato, isso está acontecendo”, disse.

Atos golpistas

Sobre as prisões dos envolvidos nos atentados de dia 8 de janeiro, os deputados Cabo Gilberto Silva (PL-PB), Marcos Pollon (PL-MS) e Tenente Coronel Zucco (Republicanos-RS) manifestaram preocupação sobre a violação de direitos dessas pessoas, ressaltando que havia idosos entre elas.

Pollon disse que a atuação do governo violou princípios como a presunção de inocência, além de tratados internacionais, como o Pacto São José da Costa Rica, firmada no âmbito da Organização dos Estados Americanos (OEA).

“Uma prisão em massa não se justifica nem se forem levadas em conta aquelas comunidades carentes onde o crime organizado toma conta. Cercar aquilo tudo e conduzir as pessoas ao cárcere para posterior verificação de quem é criminoso ou não”, criticou Pollon.

O ministro, por sua vez, explicou que diante da legislação, “todo golpista é invariavelmente um violador dos direitos humanos”, mas negou que os presos tenham recebido tratamento abusivo. Ele falou que a Pasta tomou providências no mesmo dia dos atentados designando a ouvidoria nacional dos direitos humanos para que fizesse o acompanhamento junto com o Ministério da Justiça sobre a situação dos golpistas detidos.

Edição: Geórgia Moraes

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Comentários

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João Ferreira Bastos

13/04/2023 - 12h31

Um adendo ao meu comentário:

O 04, jair renan, trabalha como assessor do traficante de maconha.

Mas isso, com certeza é só coincidência

João Ferreira Bastos

13/04/2023 - 11h51

Lendo os comentários dos bolsonaristas que infestam o sitio do Miguel (que já deveria ter desinfectado), não é possível dissociar a defesa brutal que fazem a favor de manter a situação como está e não lembrar que o pedofilo, canibal e genocida traficava cocaina nos aviões presidenciais.
Que o tenente coronel Alexandre Augusto Piovesan, do GSI que trabalhava na sala em frente ao do pedofilo, canibal e genocida foi preso por trafico de cocaína
que a PF prendeu um caminhão do senador bolsonarista jorge seif jr por tafico de 322 kgs de maconha

Ou seja esses criminosos defendem seus parceiros traficantes

EdsonLuíz.

13/04/2023 - 10h44

O ministro Silvio parece estar corrigibdo um pouco manifestações anteriores que fez sobre o tema. E corrigindo, na minha opinião, para melhor. Que bom!

Mas ainda faço um reparo: ao ministro Sílvio::▪Descriminização das drogas, “NUNCA” pelas próximas várias décadas!
▪Neste caso das drogas é preciso ser bem específico e atuar para mitigar e proteger aqueles que vivem o drama de terem sido capturados pelo vício em drogas que causam dependência e delas e do seu tráfico se tornaram vítimas.

É importante DESCRIMINALIZAR o USO de drogas. Todas!

Mas descriminalizar só o uso. Apenas o uso. Não descriminalizar o seu tráfico!

    Alexandre Neres

    14/04/2023 - 09h17

    Que comentário truncado, confuso.

    Pra começo de conversa, qual a diferença entre “descriminizar” e descriminalizar?

    Há uma grande bagunça conceitual e ao fim e ao cabo não se sabe qual é a posição do comentarista que se desdiz o tempo todo, se é contra ou a favor da descriminalização das drogas.

    Por fim, alguém já ouviu falar em descriminalização do tráfico de drogas em qualquer parte do globo?

Edu

13/04/2023 - 10h34

A CARLUXA MANJA ROLEX deve ter prometido um aumento pra sua quadrilha de chupa caceta de miliciano.
Elas apareceram com o kool piscando …
hahahahahahahha
Calma frangas , o aumento foi só de leitinho procês…

alex

13/04/2023 - 09h54

Se a imbecilidade fosse crime este cara estaria condenado a prisao perpetua.

Galinzé

13/04/2023 - 09h53

Essa gente acha que o Brasil é o Luxemburgo, vivem em algum mundo paralelo, sao completamente imbecilizado por uma ideologia idiota que vivem com a cabeça em outro lugar.

Querlon

13/04/2023 - 09h51

O esquerdismo é um transtorno mental, é o resultado de algum trauma psicologico misturado com a ignorancia e sede de vingança pelos proprios fracassos pessoais.

Nao ha outra explicaçào.

Omar Abdul

13/04/2023 - 09h45

As drogas ja estao liberadas no Brasil, di dia moleuqes fumam maconha trnaquilamente em qualquer canto do Brasil sem se importar de nada e ninguem e de noite aparecem os zumbis usuarios de crack que fazem o mesmo.

Natalia

13/04/2023 - 09h44

Onde os brasileiros se enfiaram atras de 10 R$….??

Paulo

12/04/2023 - 22h38

Descriminalização das drogas: taí um tema que me instiga e aflige, ao mesmo tempo. Não consigo ter uma opinião formada, e lá se vão anos e anos de apreciação (não digo estudo pois seria falso dizer que me debruço sobre o tema de forma recorrente) e o tal de Sílvio Almeida diz ter opinião com base em “ampla literatura sobre o tema e experiências internacionais”. Confesso que gostaria de saber quais são…Uruguai e Holanda, talvez? Ou há mais alguém?


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