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Afetados por eólicas discutem danos causados às comunidades

Especialistas defendem discussão ampla com habitantes das áreas Publicado em 08/04/2023 – 11h17 Por Priscilla Mazenotti – Repórter da Rádio Nacional – Brasília Agência Brasil — Os moradores de comunidades residentes no interior de parques eólicos, que convivem dia e noite com as torres que geram energia a partir vento, reclamam das dificuldades causadas pela […]

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Fabiola Sinimbu/Agência Brasil

Especialistas defendem discussão ampla com habitantes das áreas

Publicado em 08/04/2023 – 11h17

Por Priscilla Mazenotti – Repórter da Rádio Nacional – Brasília

Agência Brasil — Os moradores de comunidades residentes no interior de parques eólicos, que convivem dia e noite com as torres que geram energia a partir vento, reclamam das dificuldades causadas pela poluição sonora provocada pela movimentação de seus geradores. A descrição é a de uma turbina de avião que nunca desliga.

Os impactos são muitos. Além do barulho, as torres afetam também o meio ambiente, alteram a vegetação, destroem a flora e provocam a morte de animais. Na saúde humana, provocam um zumbido no ouvido, a depressão e o medo.

E todos esses transtornos estão acontecendo onde Roselma de Oliveira mora, em Caetés, em Pernambuco. Uma das torres fica a apenas 160 metros da casa onde mora com a família.

“Problemas de alergia, problemas de audição, perdem a audição. E um dos piores, que eu acho que tem, é a depressão, a ansiedade. Crianças de 8 anos, 9, 5 e 6 anos, para dormirem, têm que ser à base de medicamentos, e a gente não dorme, a gente cochila e acorda com aquele barulho terrível”, relatou Roselma.

Aliar a geração de energia com preservação ambiental e proteção social é o desafio. Ainda mais quando os dados mostram que, no Brasil, 44% da energia usada é renovável, seja hidrelétrica, solar ou eólica. Isso é mais do que quatro vezes o que usam os países ricos, que dependem, basicamente, de combustível fóssil.

Para Nevinha Valentim, do Fórum Mudanças Climáticas e Justiça Socioambiental do Rio Grande do Norte, a chegada desses empreendimentos causa, de início, grande devastação ambiental. “Quando chega em larga escala, devastando dunas, manguezais. Quando tem um modo de agricultura de produção familiar, então isso é uma coisa devastadora”, alerta.

O assunto foi tema de discussão em Brasília esta semana. Um grupo de afetados pelos aerogeradores esteve em reuniões com o governo federal. Apesar de reconhecer a importância desse tipo de matriz energética, eles querem fazer parte da discussão. O professor da Universidade Federal da Paraíba Iure Paiva resume o que seria o ideal.

“Esse diálogo. Essa abertura de possibilidade, de a gente fazer com que essas vozes sejam ouvidas, tenham uma repercussão, esse é um primeiro passo. O segundo, é a gente ter a ação do poder público na fiscalização e, em terceiro lugar, a gente adote um modelo de desenvolvimento, de segurança energética, que seja centrado nas pessoas e não apenas na atividade econômica”, defende Paiva.

O grupo que esteve em Brasília participando dessas reuniões apresentou para o governo um panorama do cenário atual. Uma possibilidade é a instalação das chamadas eólicas offshore, de construção das torres de energia em alto-mar. Em março, a Petrobras assinou uma carta de intenções para analisar a viabilidade técnica de instalação das eólicas offshores em seis estados.

Mais de 750 parques eólicos estão em operação no país, com mais de 10 mil torres geradoras. De acordo com o Global Wind Energy Council (GWEC), o Brasil ocupa a sétima posição no ranking mundial de geração eólica.

* Colaborou Aécio Amado, da Agência Brasil

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Comentários

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Edu

09/04/2023 - 09h50

Poderiam amarrar os antipetistas CANALHAS nas pontas das hélices e contar mil voltas, pra cada um.
Talvez, o cérebro deles “pegasse no tranco ” 😉

Paulo

09/04/2023 - 00h26

Pra mim realmente é uma surpresa a contestação às eólicas. Até então, pensava que só havia vantagens na sua utilização, por se tratar de energia limpa, 100%. Mas se há dano a um único morador – ou cidadão, morador ou não da área – concordo com o comentarista Édson Luiz, que “providências devem ser tomadas”. Sou particularmente sensível a isso, pois, há anos, convivo com vizinhos preguiçosos que, a destinar à coleta urbana cortes vegetais que fazem, preferem atear fogo aos mesmos, com forte impacto a mim e a minha família…

EdsonLuíz.

08/04/2023 - 13h49

Se pesquisas isentas constatarem as queixas sobre as torres eólicas e suas hélices, transformando-as em moinhos quixotescos , tomar providências será uma obrigação!

De essas torres serem feias eu não reclamo nada, diante da eletricidade mais limpinha que elas dão; mas se elas viram um caso de saúde, para uma pessoa que seja, providências devem ser tomadas.

Fanta

08/04/2023 - 12h13

Essa hélices eólicas ou como se chamam são horríveis, um estupro legalizado da paisagem.

Já o que dizem os moradores são invenções, querem ganhar alguma indenização, um dinheiro a mais.


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