O site UOL publicou uma reportagem sobre o impacto do novo Bolsa Família na vida de algumas famílias pobres. A jovem Marcia Maria da Silva, com seis filhos, é uma das entrevistadas. Ela conta que, até há pouco, sua família vivia em estado de grande insegurança alimentar, em função da falta de recursos para adquirir os alimentos necessários. Com os valores ajustados do Bolsa Família, ela agora está podendo comprar peixes e carnes vermelhas, além de fraldas para o bebê.
É uma história bonita, que deveria deixar todo ser humano normal feliz, sabendo que, pelo menos nesse caso, o dinheiro dos impostos está indo para quem precisa.
Há tempos a direita perdeu o debate sobre o Bolsa Família, por razões muito objetivas: é um programa extremamente eficaz no combate à insegurança alimentar, movimenta a economia e não produz nenhum desincentivo ao trabalho. Há estudos abundantes sobre isso.
A ajuda do Estado aos mais pobres não é uma novidade. As famosas Poor Laws, ou Leis dos Pobres, foram criadas na Inglaterra em 1536. Sem ir tão longe, os Estados Unidos até hoje gastam quase 60 bilhões de dólares por ano com ajudas financeiras diretas a mais de 40 milhões de americanos, através do programa conhecido outrora como Food Stamps, iniciado nos anos 30, por Franklin D. Roosevelt.
Nos anos 60, o ultraliberal Milton Friedman, espertamente, introduziu elementos de ajuda social em seu livro mais famoso, Capitalismo e Liberdade, através do chamado “imposto negativo”, um sistema tributário no qual os mais pobres, ao invés de pagarem impostos, receberiam algum dinheiro do Estado. Por essa razão, até hoje, alguns críticos de programas de transferência de renda falam que estes foram inventados por neoliberais.
Ora, Friedman era um ultraliberal, mas um homem extremamente inteligente e racional. Não defendo praticamente nenhuma de suas ideias econômicas, mas li o seu livro e entendi seus pontos-de-vista. Ele tenta construir uma economia funcional. Ultraliberal, ultracapitalista, mas funcional. Para isso, seria necessário um programa de transferência de renda. Não significa, todavia, que ele tenha inventado isso, tampouco que seja uma medida neoliberal. Friedman, assim como Hayek, outro pioneiro do ultraliberalismo, também defendiam ensino público e gratuito para crianças. Foi também o liberalismo que inventou a escola pública?
Digo tudo isso para abordar um caso meio chocante. Um jovem que se autoidentifica como trabalhista, nacionalista e desenvolvimentista, tem tentado “lacrar” na internet com opiniões polêmicas. Recentemente, por ocasião do aniversário do golpe de 1964, ele passou a defender ferozmente o legado da ditadura, que, segundo ele, teria implementado o “trabalhismo científico”. A explicação dele é que algumas leis trabalhistas teriam sido consolidadas na ditadura.
A tentativa de justificar uma ditadura reacionária com exemplos de programas realizados não é uma coisa nova. De vez em quando topamos com inocentes úteis que defendem o legado de Hitler, com histórias do sucesso econômico do regime nazista. “Hitler fez trens”, lembram. Outros lembram que o nazismo igualmente pôs fim à inflação e ao desemprego no país. De fato.
Com a ditadura militar, é a mesma coisa. Um regime que durou 21 anos precisava cuidar da economia. E cuidou. Houve momentos de crescimento econômico impressionante no período.
Entretanto, a que custo? A ditadura militar brasileira foi, essencialmente, um regime oligárquico, entreguista e antipobre. A prova disso é a destruição da educação pública nacional.
O processo de industrialização da ditadura, que segundo alguns integra um suposto período “desenvolvimentista”, iniciado com Vargas, em 1930, e que teria se estendido até a década de 80, deve ser revisto à luz de tudo que veio depois. A desindustrialização que assistimos a partir da redemocratização não deve ser atribuída somente a falhas dos governos democráticos, mas sobretudo à ruína do modelo entreguista, antinacional e oligárquico herdado da ditadura militar.
Enquanto nossos militares desmontavam nossas linhas férreas, o Japão cortava o país com trens e iniciava os estudos com trem-bala, sob olhar atento e enciumado da China, que seguiria o mesmo caminho algum tempo depois, assim que conseguiu reunir recursos para tal.
Enquanto o ensino público e estatal era virtualmente abandonado pelo poder público militar, a China promovia uma revolução no ensino, introduzindo métodos inovadores para alfabetizar seu povo. O resultado disso seria visto alguns anos depois, em meados da década de 70, quando as imensas massas chinesas educadas poderão ser incorporadas aos novos setores industriais criados em áreas especiais do país.
E agora, o mesmo “trabalhista científico” veio causar na internet com ataques à moça mencionada no início do post, a mãe de seis filhos, que está conseguindo agora alimentar melhor a si e às suas crianças, com os R$ 1.200 que passou a receber do novo Bolsa Família.
Numa série de mensagens extremamente agressivas, ele diz que a situação é um “tapa na cara” de quem trabalha, e destila uma série de preconceitos nas respostas às críticas que recebeu.
O ponto que chama atenção de todos, contudo, é que o jovem não é um caso isolado. Ele compõe um grupo crescente, que vem se proliferando à sombra de Aldo Rebelo, o candidato ao Senado pelo PDT, que andava para cima e para baixo com o então candidato Ciro Gomes. A maioria deles, a propósito, são apoiadores de Ciro, cuja campanha derivou para uma estratégia tão raivosa, ressentida e antipetista, que atraiu esse tipo de eleitor.
Então essa é a raíz do problema.
Não se trata apenas do “trabalhista científico” que odeia o Bolsa Família, idolatra Putin e lamenta a “decadência ocidental” (sim, a mesma figura também esposa essas ideias, as mesmas do Nova Resistência, grupo neofascista com quem ele mais interage nas redes). Esses casos singulares, desde que se mantenham isolados, sem representação política importante, não contaminam o corpo social do país. Infelizmente não é o caso. O cirismo ressentido, reacionário, lacerdista, talvez seja um problema. Ainda é pequeno, quase insignificante, mas um vírus também é.
O silêncio hostil de Ciro Gomes, ignorando a emergência desse tipo de pensamento junto a seus próprios eleitores, é visto como um sinal tácito de apoio. Alguns quadros e militantes do PDT tentam combater esse movimento, mas com muita dificuldade. Afinal, não foi o próprio partido que jogou tanto dinheiro na campanha de Ciro Gomes? Não foi o PDT que escolheu Aldo Rebelo e Cabo Daciolo como representantes do “trabalhismo” em 2022? O próprio PDT, portanto, criou os corvos que hoje lhe comem os olhos. Sim, porque a medida que o PDT se aproxima do PT, apoiando Lula no segundo turno e, em seguida, ingressando no governo, através do ministério da Previdência social, essas alas reacionárias do cirismo passam a atacar ferozmente o próprio partido.
De qualquer forma, é importante deixar claro. O Bolsa Família não é um programa liberal. Muito pelo contrário. Robert Dahl, um dos maiores teóricos em democracia do mundo, sempre explica que não há “regime puro” no mundo. Na vida real, todos os regimes são híbridos, tanto na política como na economia. As chamadas democracias liberais misturam elementos oligárquicos e plutocracia. Uma nação socialista, como a China, incorporou muitos elementos capitalistas em seu regime econômico.
O Bolsa Família, assim como o SUS, a educação pública, os bancos estatais e de desenvolvimento, são elementos socialistas e desenvolvimentistas incrustados no regime capitalista brasileiro.
Sim, Bolsa Família é socialista e desenvolvimentista, porque investir em desenvolvimento não é só construir fábrica de cimento, mas também alimentar bem as crianças e jovens do país, que serão os operários, engenheiros e administradores das indústrias, além de profissionais liberais, pensadores e lideranças políticas. Fidel Castro, Che Guevara, Lenin, Getúlio tiveram famílias que os alimentaram e educaram muito bem. Passar fome e viver na miséria nunca ajudou ninguém a se tornar revolucionário ou desenvolvimentista.
Considerando que o futuro do desenvolvimento está nas indústrias mais avançadas, como aquelas ligadas a biotecnologia, tecnologia espacial e inteligência artificial, é duro saber que ainda há pessoas que ignoram a necessidade de que, para formar uma classe trabalhadora capaz de se integrar a esses setores, é preciso antes de tudo alimentá-la bem!
Ademais, o pensamento do famigerado “trabalhista científico” flerta com um eugenismo fascista, pois hoje todo mundo com um mínimo conhecimento sobre nutrição e biologia sabe que uma criança precisa ser muito bem alimentada, sobretudo na primeira infância, para que possa desenvolver plenamente suas capacidades cognitivas.
Esses movimentos pretensamente “nacionalistas”, mas que parecem odiar tudo relacionado à vida real, concreta, dos brasileiros, que tratam a cultura popular, como o funk, com preconceito elitista, são espuma do mesmo esgoto que gerou o bolsonarismo. São falsos nacionalistas. Seu ódio irracional e exagerado ao “liberalismo”, na realidade, é apenas ódio à democracia. Sua hostilidade à esquerda organizada, a esquerda do mundo real, que trabalha nos movimentos sociais, que ganha eleições e, que, mesmo cometendo erros e fazendo concessões, muda a vida das pessoas, é apenas ressentimento de fracassados. Suas ridículas teorias de conspiração, algumas flertando com antissemitismo, como as histórias sobre Soros e globalismo, provam que essse movimentos bebem nas mesmas fontes que a extrema-direita.
A fragorosa derrota do Ciro Gomes em 2022, que não se limitou apenas aos humilhantes 3% de votos no primeiro turno, mas também ao desempenho pífio de todos os candidatos ao legislativo que se aproximaram dele, foi um recado das urnas contra esse tipo de pensamento.
O povo brasileiro não apenas derrotou Bolsonaro. Ele derrotou sobretudo as ideias, os valores, os preconceitos que produziram o bolsonarismo.
É sempre importante lembrar isso: o bolsonarismo perdeu as eleições em 2022. É fundamental saber ganhar, ou seja, interpretar a vitória com humildade e sabedoria, mas isso não pode significar, jamais, diminuir o significado profundo, histórico, da vitória política e eleitoral que experimentamos no ano passado, contra a extrema-direita, o fascismo e o negacionismo científico.
O bolsonarismo segue vivo, todavia, e qualquer movimento baseado em ódio a Lula, ao PT e à esquerda de maneira geral, poderá receber recursos, audiência, apoio, de amplos setores reacionários. Esses setores ressentidos e amargurados do cirismo, que parecem ainda não terem se recuperado emocionalmente da derrota que sofreram em 2022, tentam um movimento perigoso, igualmente destinado ao fracasso, que é continuar procurando “pontes” com a extrema-direita, seja através de um nacionalismo de perfumaria, seja partilhando de preconceitos contra minorias (em especial contra os mais vulneráveis e atacados, os LGBTQI+).
Não me parece uma ideia promissora, para um movimento que se identifica como “trabalhista”, ou coisa que o valha, se juntar à direita tentando conquistar seu voto. O que vai acontecer, fatalmente, e o que já está acontecendo, é exatamente o contrário. A direita brasileira, muito mais forte, muito mais encorpada, engolirá esse movimento como uma baleia engole um pequeno cardume de sardinhas.
EdsonLuíz.
07/04/2023 - 13h28
Henrique,
Se eu, você, “Lingua de Jambu ou quem quer que seja, fizessemos um comentário que contrariasse o PT, nenhum blogue sujo petista iria sequer recepcionar o ripost. Mais ainda:: usariam imediatamente uma forma eletrônica de bloqueio à nossa interação com o blogue.
Este ‘ocafezinho.com’ publica o comentário que eu, você, o que o “Língua de Jambu” ou quem quer que seja ripostar, sem fazer nenhuma sensura ideológica ao que nós comentamos.
Para mim, junto com o conceito de democracia não cabe nenhum adjetivo, por democracia ser aquela que se conquista, ser um valor universal, permanente, e por democracia não ter fim.
Quando se ganha um tanto de democracia, a democracia não se completa e se conquista e se vai conquistar sempre mais democracia.
Nesse sentido, democracia também não tem um começo.
Existe a situação em que não há democracia.
Para identificar essa situação, uma boa marca é ver se a sociedade conta com canais de comunicação. Quando a sociedade nào pode se manifestar, então não há democracia.
Este ‘ocafezinho.com’ é totalmente diferente de qualquer outra mídia do PT e eu presumo a pressão para que ‘ocafezinho.com’ interrompa a liberdade de expressão e passe a bloquear os ripost’s que contrariam o PT. Até hoje este jornalzinho não se submeteu à pratica autoritária do petismo.
Continuamos aqui, em ‘ocafezinho.com’ com toda liberdade (alguns com liberdade inclusive de serem toscos, jagunços políticos e mal educados) a exercer o nosso direito de discordar.
Viva a democracia!
Viva a liberdade responsável!
Viva ‘ocafezinho.com’ !!!
▪E viva o cafezinho que está aqui na xícara, soltando fumaça, e que eu vou beber agora, com adoçante líquido! rss
Língua de Jambu
07/04/2023 - 09h22
Essa tentativa de desqualificar o Ciro Gomez, não é nova.
Eu vi isso quando todos os Bloggs financiados pelo PT, diziam que a Marina era cria do ITAÚ, e bla bla bla…
Quando mais eu leio essas coisas, mas convicto eu fico de que os pais da Fake News são Lula e Dilma…
Henrique
07/04/2023 - 00h19
Não entendia a estratégia do Ciro Gomes na campanha ao bater no Lula de uma forma que eu achava que tava pesado até eu perceber que era para mostrar quem era realmente o Lula e quais eram os veículos panfletários do PT, como este.
Daniel Mendes
06/04/2023 - 21h41
Ele te respondeu e foi uma resposta daquelas: https://www.facebook.com/felipe.quintas.1/posts/pfbid02anU4PNrLCt1Xytxy6NtM5jQZ8iy3qpt9R3yPqJwF9esPcENeFLifcGBLMwBCGNwxl PS: Felipe Quintas JAMAIS foi cirista ou declarou apoio ao Ciro.
EdsonLuíz.
05/04/2023 - 23h49
Nada há de elogio ao Capitalismo no meu ripost abaixo. Onde o Jagunço Político viu elogio ao Capitalismo ali.
Até tenho elogios ao Capitalismo, e muitos. E tenho muitas críticas negativas também. Mas são elogios e críticas, Jagunço Político, não são conversas fiadas ideológicas.
O que faço aqui, no ripost que está mais lá embaixo, é apenas uma constatação, e ‘rabiscada’ de forma bem simples e rápida. Eu sei que neste tipo de abordagem você não tem condições de fazer a leitura:: quando você se ideologizou e caiu no fanatismo (e em geral o fanatizado é um despreparado, como você), você se “despreparou” para ler. Quem lê de espírito armado, lê sempre o que quer e não o que está escrito de fato.
.E no ripost é a minha constatação de que só há um Sistema histórico de cada vez, e o atual é o Capitalista. Esta é a única coisa que escrevi ali, a partir de um recorte que fiz à citação do socialismo feita por Miguel.
Daria para ir muito longe nisto, daria um livro ou um filme. Quem sabe, um dia? Antes pretendo publicar, se publicar, um resumo de “OCapital”. Você estará livre da leitura, se eu publicar:: será em francês.
Se alguém discorda de mim e entende que há mais de um Sistema em vigência, que formule e ripost; do que serve você me xingar? Se coloque, p.o.r.r…!!!
Marx tinha maior admiração pelo Sistema Capitalista do que eu. Marx considerava o Capitalismo uma obra revolucionária absoluta.
Nos termos de Marx ainda menino — ia fazer 30 anos de idade– com a ruptura causada pelo novo Modo de Produção no antigo Modo de Produção Feudal, do antigo sistema não restou pedra sobre pedra. É o que Marx escreve no Manifesto do Partido Comunista.
A vitória do Capitalismo, e sob o liberalismo, e não sob o Socialismo ou sob o Positivismo, é um fato. Não sou eu que quero isso, é apenas um fato que eu constato.
Temos hoje o positivismo expressado como ideologia neoliberal e as formulações de Marx igualmente expressadas em um marxismo com algumas influências do positivismo (e não surpreende:: “leis de funcionamento…”). Assim, tanto o liberalismo como o marxismo são expressados como ideologia. Mas a Teoria Liberal, que justifica e fundamenta o Capitalismo, está sempre à mão para os que não querem cometer o equívoco de ideologizar a vida e o mundo.
E no entanto, tudo isto passará. Lá na frente, quando todas as forças produtivas capitalistas completarem seu amadurecimento, passaremos deste para outro… Sistema. Não sei se melhor ou pior.
O correr da história, a seta da vida sicial, tem sido não retilínea, mas sempre no sentido do progresso. Mas não há nenhuma lei para a história que garante que a direção é sempre no sentido do progresso. Esperemos que seja. Mas não veremos esta mudança; é uma mudança que deve demorar muitos séculos.
Tchau, Jagunço Político fanático!
(Não corrigi. Corrija aí para mim, como bom policial-gramático que você é).
Paulo
05/04/2023 - 22h18
Não sei, honestamente, se Ciro Gomes tem essa pretensão de flertar com o conservadorismo. Mas espero que tenha…O que poderá surgir disso ou se ele será aceito ou não nesse meio eu também não sei. O que sei, embora concorde com o bolsa família no geral (discordo no “extra” por filho, que incentiva a maternidade irresponsável, o que, infelizmente, ainda é um problema, no Brasil), é que a política adotada é populista, sim (embora positiva, torno a dizer, pois não se pode contemporizar com a fome num país remediado, como o Brasil). Entretanto, eu tenho dúvidas se, no cálculo político dos petistas, não está o voto do beneficiários desses programas, como motivação principal, bem como o dos beneficiários de cotas raciais e sociais. Ou seja, poderia se constituir em estelionato eleitoral e em fator de divisão do povo brasileiro, o que obviamente conspira contra os interesses da nação…
Galinze
05/04/2023 - 20h26
Cirolipa não é um rato, um ladrão de bananas como Lula, não é um sujeito rastreio sem vergonha capaz de explorar a pobreza pelo poder e dinheiro.
É um pouquinho melhor do que isso, pouca coisa.
NéSTOR MONASTERIO
05/04/2023 - 19h19
A quantos filhos teria direito um pobre? E a classe média? Já os ricos …?
EdsonLuíz.
05/04/2023 - 18h42
Desculpe, Jagunço Petista!
Vou falar o que você quer e tentar sumplificar ainda mais, para você conseguir entender::
▪O Sistema Socialista existe sim rss, e o Sistema Socialista é a verdade e só ele é a verdade! rssss
▪A União Soviética foi um grande sucesso e apenas foi descontinuada porque o “novo homem” a que ela deu origem, mesmo ele, não estava preparado para um mundo tão mágico como era a Rússia e seus respeitados parceiros, incluindo a gloriosa e bem alimentada Ucrânia, e holodomor é uma fake news contada por inimigos do regime de libertação dos povos, onde todos puderam ser mecânicos pela manhã, filósofos à tarde, escritores à noite, historiadores nos intervalos e viviam tão felizes que se entediaram e seguiu cada um para o seu lado:: Polônia, Ungria, Romênia, Lituânia, Letônia, Monte Negro, Sérvia, Alemanha Oriental…
Viva o Socialismo! (mas escondam os rss, senão vai ganhar um míssil cada um que rir).
Cesar
05/04/2023 - 18h37
Interessante é observar que no ano passado alguns sites de esquerda criticaram Eduardo Suplici por ele querer colocar no plano de governo de Lula a renda universal (alguns diziam e comprovavam que a renda universal era uma ideia neoliberal). Acredito que quem estar no fundo do poço deva receber auxílios para poder, pelo menos, comer. Parabenizo o governo pela política assistencialista.
Edu
05/04/2023 - 16h46
O pobre antiesquerda é a espécie de formato humanoide cuja alma é a .esma do verme que habita o esgoto podre.
Ele não é somente antipetista. Ele é anti povo, anti civilização, anti cultura, anti humanidade, anti hombridade.
Estes espíritos atrasados estão ao nosso redor para desenvolvermos a paciência e o controle com o pior que possamos conviver.
São como o câncer, a hanseníase, a podridão.
Ronei
05/04/2023 - 16h17
Fazer 6 filhos sem ter as condições de manter nem 1 decentemente significa não saber o que está fazendo, significa não ter consciência de si próprio e das consequências e responsabilidade das próprias ações.
A civilização humana faliu no Brasil, não houve nenhum tipo de desenvolvimento em décadas.
Alexandre Neres
05/04/2023 - 15h37
Gente, pra que isso?
Falou, falou, falou, falou, mas não disse nada…
É sempre o mesmo discurso enfadonho e prolixo.
Deve ser duro para o Miguel redigir um texto, e bem antes disso elaborar, ver se as ideias estão concatenadas, revisar, pro cidadão chegar e despejar um monte de caca tecendo loas ao regime capitalista nessa altura do campeonato.
O que que tem o cool a ver com as calças? O Cuecão Borrado no meio dos dois.
Pelamor!
Zulu
05/04/2023 - 14h08
A apologia ao fracasso, ao terceiromundismo eterno de sempre.
EdsonLuíz.
05/04/2023 - 12h35
Há muitas reflexões e mesmo afirmações com as quais eu concordo muito neste post, reflexões estas muito bem expressadas pelo autor. Mas pondero o tanto que é facilmente possível concordar e discordar da mesma pessoa e em uma sua mesma fala.
Há experiências de mais de um Sistema Social sendo aplicados na sociedade?
Não! Só há um Sistema no mundo e todas as políticas são resultado da mesma cultura humana aplicada.
Sempre só há uma história. As culturas, hábitos e experiências diferentes que observamos refletem a diversidade humana, mas estão imersas em um mesmo processo histórico-social. Um Sistema Social é sempre produto deste resultado histórico, que é único. Houvesse mais de um Sistema coexistindo, teríamos que considerar que há mais de uma história em curso, e isto é uma impossibilidade. Sendo assim, há uma impossibilidade de coexistirem dois Sistemas no mundo.
Caso mais de um Sistema se apresente, um deles será legítimo e todos os demais serão formulações artificiais, resultado de elaboração idealizada e destituída dos impulsos e motivações da natureza humana, sua interação e integração com o ambiente natural e da força das interações sociais que tecem a história; sempre a mesma história.
Um Sistema Social emerge do esgotamento das possibilidades do Sistema anterior e surge de dentro de suas entranhas, sendo o resultado do amadurecimento das forças produtivas do antigo Sistema, cuja Órdem Jurídico-Política e Ideológica, não mais atendendo à complexidade da regulação das novas relações sociais que o desenvolvimento das forças produtivas estabelecem, passa a sofrer modificações que se aceleram, levando a uma total ruptura com a Órdem anterior ao constituir novo Sistema.
O atual Sistema é o Sistema Capitalista e surgiu do pleno amadurecimento das forças produtivas do Sistema Medieval.
Só há o Sistema Capitalista em vigência, sendo constituído em processo que remete ao século XV e continua a se desenvolver e a ter sua Órdem estabilizadora. Um dia este Sistema dará origem a um Sistema novo, cuja observação de suas características levará a história a batizá-lo com um nome.
Ao que chamam Sistema Sociista é uma formulação artificial e sequer constitui um Sistema, uma vez que não possui nem mesmo uma Teoria de Estado que se responsabilize pela Órdem.
A concepção de Estado aplicado nas experiências ditas socialistas, todas fracassadas, é uma improvisação dos arranjos de Lênin para dominar e exercer o poder na Rússia após a revolução de 1917 que derrubou a Órdem feudal kzarista.
Este ‘Estado Socialista’ é uma experiência artificial, com o uso de políticas e regras jurídicas capitalistas, e a única mudança em relação ao Estado Capitalista é a aplicação da ideologia marxista, que sequer corresponde ao que foi pensado por Karl Marx e só consegue sustentação ao se impor como Estado Policial violentamente repressor. O ‘Estado Socialista’ é repressor de tudo, especialmente repressor de ideias, o que impede o desenvolvimento e a difusão de tecnologia e sua incorporação ao processo produtivo. O engessamento da história e das interações sociais, e consequentemente do desenvolvimento econômico no Estado Policial Socialista, mais dia, menos dia, leva ao desmoronamento das estruturas fictícias desta experiência social.
Tudo o que vemos e que é identificado como socialista é apenas experiências surgidas e aplicadas no Sistema Capitalista, muitas delas conquistadas por reivindicação da classe trabalhadora. Os programas de assistência social por parte do Estado é uma destas conquistas.
Claudio Freire
05/04/2023 - 12h32
Além de ser eficaz no combate a fome, movimentar a economia e não desincentivar o trabalho, há um fator no Bolsa Família absolutamente importante para médio/longo prazos: incentiva a educação das crianças e a observância de regras de saúde para as famílias beneficiadas.
Canastra
05/04/2023 - 12h10
A esquerda brasileira é uma coisa vergonhosa de tao atasada e por isso vai morrer com o Canastrao da Globo que por motivos biologicos ja està na prateleira com preço de liquidaçào.
Tony
05/04/2023 - 11h55
Durante os anos da ditadura militar as pessoas saiam das escolas sabendo ler e escrever, vestiam decentemente, eram muito mais educadas que hoje, os muros das casas eram baixos e voce podia deixar a bicicleta encostada na calçada de casa que ninguem levava.
Hoje isso é impensavel…
Partagas
05/04/2023 - 11h50
O bolsa familia + 150 R$ por cada filho além de ser a mesma compra de votos de sempre é uma vergonha, é o retrato do terceiro mundo e da incapacidade de resolver os mesmos problemas de smepre ha decadas. e é a grantia do eterno desemprego e a falencia da politica.
Uma mulher que faz 6 filhos sem poder dar o que comer…o problema é esse que se torna um prejuizo coletivo e joga tudo para baixo.
O dia que os brasileiros começarem a perceber que estao ao mundo como gente e ano como animais e se comportar como tais em 30 anos metade dos problemas do Brasil serào resolvidos.
Tudo indica que isso nao aconteçerà nunca, a cad dia a situaçào piora.