Publicado em 30/03/2023 – 17h12
Por Agência Senado
Agência Senado — O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) destacou, em pronunciamento no Plenário, nesta quinta-feira (30), o “papel das Forças Armadas na evolução política do Brasil”.
Segundo o parlamentar, o regime iniciado em 1964 deixou “importante legado” para o processo democrático do país, pois “foi responsável por criar as condições para que as instituições políticas, econômicas e sociais funcionassem na plenitude democrática”.
“É praticamente impossível não encontrar na vida do país os traços e antecedentes das reformas empreendidas naquele período, que dinamizaram sua sociedade e, acima de tudo, fortaleceram a democracia brasileira, que, pela primeira vez na história republicana, teve um regime inaugurado sem golpe de Estado. (…) Ao contrário dos que insistem em tirar o 31 de março do seu lugar, que é a história, os militares aprenderam com ela”, afirmou.
Para Mourão, a “revolução” se iniciou em razão de indisciplina e subversão nos quartéis e terminou “com a grande contribuição militar para a estabilidade política do país: a despolitização das Forças Armadas, a estruturação da sua doutrina de preparo e emprego e, definitivamente, a profissionalização dos seus quadros”, disse.
“A mensagem foi clara: os políticos não teriam mais o seu general para resolver os impasses que criavam. (…) Os militares brasileiros conhecem muito bem o seu papel nessa democracia, fruto de suas origens, de sua formação e pela história. Quem parece não conhecer são os que, achando-se donos da história, pretendem dirigir o país com os olhos no retrovisor. É para frente que se anda!” declarou.
EdsonLuíz.
31/03/2023 - 23h44
Aléxandre Nada Neres, seu imbecil!
Eu não sou um decorador de palavras, de ideias, de falas…
E sequer uso corretor de texto para me avisar como grafei.
Vá (você, ‘autoritário-idiota’, prefere assim, em imperativo, não é?) realuzar seu fetiche de ser policial em algum quartel!
Peça uma farda e uma vaga ao Vladimir Putin e se aliste para assassinar ucranianos, em vez de ser cúmplice dos crmes de longe:: ser um membro do Grupo Wagner é a sua cara!;…
… ou entre para os “Vespas Negras” e quebre costelas de meninos, homossesuais e artistas cubanos com um chute de botina bem pesada, quando em manifestações pacíficas eles fizerem passeatas pedindo por liberdade, comida e remédio.
Nós todos que amamos a liberdade, o progressismo e a democracia, estejamos onde etivermos, no Brasil, na Espanha, na Austrália, em Cuba, na Rússia, nos EEUU, sentiremos nojo do ser que você é.
Afinal, somos humanos e temos direito de ter aversão a gente como você.
Paulo
31/03/2023 - 22h19
Essa é uma questão de alta complexidade para o examinador mais arguto: a ditadura militar instaurada em 1964 no Brasil foi boa ou ruim? Houve, evidentemente, é até um truísmo dizer isso, perdas e ganhos, como em qualquer regime politico. Uns acharão que houve mais perdas; outros, mais ganhos (políticos, econômicos e/ou sociais), e por aí não se chegará a nenhuma conclusão sólida.
Outra maneira de ver a questão é tentar identificar o bem fundamental em jogo, naquele momento, em que havia uma polarização política tão grande ou até maior do que aquela que existe hoje, não só no Brasil, como no mundo (basta lembrarmos que a chamada “guerra fria” só foi fria para os protagonistas e adversários principais, de lado a lado, que tiveram seus territórios poupados, mas não em muitos países da periferia). Naquele estado de efervescência política, em que se digladiavam duas grandes potências militares, não havia solução de consenso. Cada parte tinha que tomar partido de seu ponto de vista, já turvado, de ordinário, pelo sectarismo político.
Nesse sentido, eu opino, sem nenhuma pretensão, e mesmo admitindo certo simplismo maniqueísta, que o Regime Militar foi um mal menor, naquelas circunstâncias, e talvez tenha sido a isso que o Gal. Mourão se referiu. Com isso – e apesar disso – hipoteco minha solidariedade a todos os que sofreram com a violência política instaurada após 1964, na própria pele ou na de seus familiares e amigos…
EdsonLuíz.
31/03/2023 - 17h13
Lá, abaixo, neste trecho:
“…naquele momento de 1964 havia uma “corrida” entre os dois setores fundamentalistas para tomarem o poder (para dar um golpe, como uma vez vi o ex-marido de Dilma, um gaúcho, expressar).”
Onde se lê “vi”, leia-se “li”.
Alexandre Neres
31/03/2023 - 19h04
“extertérios”?
EdsonLuíz.
31/03/2023 - 15h03
Eu sei como o regime militar implantado em 1964 contribuiu para a democracia no Brasil, general Mourão!
▪Eu, um muito jovenzinho que ganhava a vida como professor da rede pública dando aulas de física, mecânica e matemática enquanto estudava, e voltando de uma reunião de Conselho de Classe de fim de ano da escola para o meu bairro pobre de São Torquato, onde contava com a cumplicidade e proteção de alguns moradores amigos que sabiam de minhas posições contra a ditadura militar daqui*, encontrei à minha espera nove militares com fuzis e toda a indumentária que eles vestem para operações perigosas.
Eu já era o que sou hoje:: um ativista contra autoritarismos e defensor da democracia e das liberdades onde quer que elas tenham sido suprimidas ou estejam ameaçadas por forças autoritárias.
Resisti moralmente, mais para ganhar tempo:: em um bolso traseiro eu trazia parte de um texto de discussão entre Kerensky e Lênin e outro de Lênin, “O Renegado Kautski”, onde Lênin esbraveja a grandiosidade de Kautski, por este ser um marxista que defendia o “marxismo de marx” (como se refere o sociólogo gigante e maior de todos os marxólogos -e de posições políticas à direita, Raymond Aron, que, mesmo sendo marxista, preferia a democracia e as liberdades).
Como explicar para nove jagunços militares, dentro de uma ditadura militar, que as minhas posições eram um pouco as de Kerênsky e tudo da de Kautski e nada da de Lênin? Impossível! Eles nem faziam ideia do que era aquilo, só eram gado doutrinado nos quarteis e cumprindo órdem. E eles estavam ali para me levar mesmo, mais como forma de intimidar os que eventualmente pudessem se aproximar de mim. Cabia conseguir ganhar tempo e tentar me livrar dos textos. Chegasse eu aos seus superiores com aqueles textos e não sei o que poderia acontecer.
Eu passava em concursos, “fechava” algumas provas, era muito pobre e precisava da vaga (um professor contratado da rede pública ganhava pouco mais que um salário mínimo), mas, quando via o resultado do concurso, não aparecia sequer como suplente. Passava em engenharia na federal, passava na mesma federal em 4° lugar em economia, e, no entanto, nos concursos durante a ditadura para vagas simples de funcionário não conseguia nem ser suplente(???). As consequências do meu ativismo eu já sentia. Mas com aqueles textos no bolso, o que poderia acontecer?
Precisava me livrar dos textos antes de me levarem!
Consegui! Nos bairros pobres do Brasil naquela época da ditadura nem recolhimento de lixo havia. Criei a situação de deslocar a roda de policiais até um monte de lixo. Era noite. Consegui “escorregar”, “cair” no chão, no lixo, e me livrar dos textos.
Me levaram!
A meu favor havia o fato de já ser os extertérios da ditadura. Quem mandou aqueles policiais e seus fuzis foi algum vagabu… vou desistir do termo que ia usar, mas dá vontade… Quem enviou aqueles policiais era de algum grupo militar com reação recrudescente e contra a abertura política que já se insinuava.
Você, general Mourão, faz questão de não saber o medo em que uma ditadura faz o cidadão viver, seja a sua ditadura militar aqui, seja qualquer ditadura:: a da Rússia, a da Venezuela, a de Cuba, a do Irã, a da Coréia e a ditadura que seja, diga ela ser ‘de direita’ ou ‘de esquerda’.
E há ainda uma coisa que machuca mais que o medo dentro da realidade da ditadura, general:: a memória do medo, que nunca passa!
*Eu era um menino que atuava pela democracia. Ali, naquela época, eu ainda cometia o engano de defender Cuba, por na minha inocência e ingenuidade aplicar um relativismo e querer ver Cuba como uma possibilidade de liberdade. Mas o que eu, o que nós, os jovens do antigo PCB na quase totalidade, defendíamos era a democracia. Defendíamos a democracia sem viés e sem adjetivos equívocos. Não defendíamos a democraciacomo tática, mas como um valir para todos.
Claro que eu estava errado sobre Cuba. Ditaduras são sempre iguais, sempre cruéis, e não há diferenças maiores entre ditaduras de quaisquer sinais ideológicos que forem.
Sim, eu estava enganado sobre Cuba ser uma opção de liberdade e justiça, mas não me culpo. Meninos não precisam estar certos; meninos precisam estar vivos. E estar vivo é estar consciente do valor da liberdade e da justiça, mesmo que se esteja enganado pela imaturidade. Esse engano corrige-se. Corrigí.
Tenho a memória do medo político no corpo, general. Eu nem conseguiria descrever para o senhor o Estado em que estou neste momento escrevendo um dos episódios de muito medo para dizer ao senhor como que eu sei, qual foi a contribuição da ditadura para a democracia.
Claro que eu estou consciente de que naquele momento de 1964 havia uma “corrida” entre os dois setores fundamentalistas para tomarem o poder (para dar um golpe, como uma vez vi o ex-marido de Dilma, um gaúcho, expressar).
Mas vocês ficaram por décadas no poder, mataram, atemorizaram, fuderam com a economia (Fernando Henrique teve que resolver uma inflação de vocês que chegou a mais de 2700% ao ano) e só entregaram o pider de volta para a democracia quando não conseguiram mais retê-lo nem à força..
Edson Luiz Pianca.
edsonmaverick@yahoo.com.br
Saulo
31/03/2023 - 14h15
O petralhume da época queria imitar Fidel (para quem não sabe ou finge não saber chegam de Cuba caixas com armas e dinheiro, brasileiros foram para Cuba treinar guerrilha, ecc…) e os tais de militares não concordaram.
Edu
31/03/2023 - 13h41
Moleirão, babão, burrão, mamateirão, idiotão, falastrão …