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Impacto de nova regra fiscal sobre juros ainda será avaliado, diz BC

Arcabouço fiscal foi apresentado nesta quinta-feira pela Fazenda Publicado em 30/03/2023 – 14h24 Por Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil – Brasília Agência Brasil — O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse que o novo arcabouço fiscal, apresentado nesta quinta-feira (30) pelo Ministério da Fazenda, não afeta diretamente a política monetária […]

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Raphael Ribeiro/BCB

Arcabouço fiscal foi apresentado nesta quinta-feira pela Fazenda

Publicado em 30/03/2023 – 14h24

Por Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil – Brasília

Agência Brasil — O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse que o novo arcabouço fiscal, apresentado nesta quinta-feira (30) pelo Ministério da Fazenda, não afeta diretamente a política monetária do país, mas pode alterar as expectativas de mercado, fator que impacta a decisão do BC sobre os juros.

Segundo Campo Neto, o processo de decisão do BC não tem nenhum “componente político” e a manutenção da taxa básica de juros, a Selic, em 13,75% ao ano foi técnica.

O Banco Central divulgou hoje o seu Relatório de Inflação, seguido de coletiva de imprensa com o presidente do BC.

Questionado sobre o novo arcabouço, Campos Neto disse que o Banco Central ainda não teve acesso a todos os parâmetros da medida, mas que vai analisar o que foi anunciado. “O importante para a gente é como incorporar isso nas nossas projeções. Não fazemos [política] fiscal, não é um trabalho do BC. Incorporamos o fiscal nas nossas expectativas, na função e reação que o BC tem. Lembrando que temos um regime que se baseia em câmbio flutuante, em um sistema de meta e que tem âncora fiscal”, explicou.

Na ata do Copom divulgada esta semana, o BC reforçou que não há relação mecânica entre a convergência de inflação e a apresentação do arcabouço fiscal, pois a primeira reage às expectativas de inflação, às projeções da dívida pública e aos preços de ativos. Por outro lado, destacou também que “um arcabouço fiscal sólido e crível” pode ajudar no processo de desinflação.

“O comitê destaca que a materialização de um cenário com um arcabouço fiscal sólido e crível pode levar a um processo desinflacionário mais benigno através de seu efeito no canal de expectativas, ao reduzir as expectativas de inflação, a incerteza na economia e o prêmio de risco associado aos ativos domésticos”, diz o documento.

Para Campo Neto, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, está “muito bem intencionado” e tem uma luta dura pela frente para equilibrar as contas públicas.

“Quando olhamos o arcabouço, ainda sem a calibragem dos parâmetros, ele parecia bastante razoável”, disse. “A gente reconhece o esforço que está sendo feito pelo ministro da Fazenda, em um projeto que é duro, em um governo que tem bastante divisões e acho que denota claramente uma preocupação com a trajetória de dívida”, completou o presidente do BC.

Decisão técnica

A Selic é o principal instrumento usado pelo BC para alcançar a meta de inflação porque a taxa causa reflexos nos preços, já que juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança, evitando a demanda aquecida. Em março de 2021, o órgão iniciou um ciclo de aperto monetário, em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis, elevando a taxa básica ao seu maior nível desde janeiro de 2017, quando também estava em 13,75% ao ano.

A decisão de manutenção da Selic neste patamar vem sendo criticada pelo governo federal, que cobra uma redução para impulsionar o crescimento da economia. Segundo Campo Neto, a relação do BC com a Fazenda é boa e o órgão tenta comunicar “da melhor forma possível” os parâmetros sobre a política monetária.

“Precisamos explicar para a sociedade que esse trabalho técnico tem um custo a curto prazo, mas que não fazê-lo tem um custo maior, e mostrar as vantagens de ter uma inflação sobre controle, em específico do ponto de vista social”, disse. “E por isso que a autonomia é importante para o Banco Central tomar essa decisão de coisas que têm custo alto a curto prazo para não ter que incorrer em custo muito maior de longo prazo, que seria muito mais danoso para a sociedade”, completou.

Segundo o presidente do BC, países que hoje estão com inflação alta apresentam aumento da pobreza extrema e queda dos índices de consumo e de confiança do consumidor.

Edição: Juliana Andrade

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Comentários

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Elena

01/04/2023 - 20h48

“Segundo Campo Neto, o processo de decisão do BC não tem nenhum “componente político” e a manutenção da taxa básica de juros, a Selic, em 13,75% ao ano foi técnica”.
Técnica???? Pois olha a ameaça que Campos Neto fez ao BNDES que Nassif citou no post publicado em seu blog: “De seu lado, o Banco Central mostrou que está atuando politicamente. Teve até a ousadia de ameaçar o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social): se definir custo do dinheiro inferior à Selic, o BC responderia com aumento de juros”. Campos Neto ameaçou BNDES se adotar taxa inferior à Selic. Técnica??? Então, tá! https://jornalggn.com.br/coluna-economica/os-misterios-do-novo-arcabouco-fiscal-por-luis-nassif/

Edu

01/04/2023 - 09h31

Esse estrupício bozoloide deveria ser enxotado do BC com uma bicuda no rabo !!!!
Por que TODO antipetista é um tremendo CANALHA, SAFADO ????

William

31/03/2023 - 20h38

Esse cara deve ficar calado e fazer o serviço pelo qual é pago e nada mais.

Todo mundo fala demais no Brasil, não sabem ficar no próprio quadrado e fazer exclusivamente o serviço pelo qual são pagos.

Faltas limites e respeito aos brasileiros…que por serem um aglomerado imenso de escapados de casa não sabem por limites a essa gente.


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