Relações entre China e EUA estão em ‘pior momento’ da história, diz chanceler chinês

Noel Celis/AFP/Direitos Reservados

Para Qin Gang, tensão parte dos EUA, que vêm a China como concorrente estratégico e “um grande desafio geopolítico”

Publicado em 28/03/2023 – 16h33

Por Redação Brasil de Fato – São Paulo (SP)

Brasil de Fato — O ministro das Relações Exteriores da China, Qin Gang, afirmou na segunda-feira (27) que por conta da postura da Casa Branca, a relação com os Estados Unidos está no pior momento de sua história. A fala ocorreu durante Fórum de Desenvolvimento da China, um evento de três dias que começou em Pequim com a presença de políticos e pesquisadores.

“A principal causa da situação atual é que os Estados Unidos consideram a China como seu concorrente estratégico mais importante e um grande desafio geopolítico, e estão engajados na dissociação econômica e na contenção tecnológica”, disse Qin, de acordo com o South China Morning Post. Para ele, a relação entre as duas maiores economias do mundo está em seu pior momento “desde o estabelecimento das relações diplomáticas entre os dois países”.

Washington e Pequim trocam sanções e acusações de espionagem em um ritmo acelerado. Os EUA têm investido especial atenção nas sanções contra o setor de semicondutores da China, em uma tentativa de frear o desenvolvimento tecnológico do país asiático. Além disso, o não alinhamento da China com a posição dos Estados Unidos e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) diante da guerra da Ucrânia aprofunda ainda mais as diferenças.

O chanceler chinês afirmou que prejudicar o crescimento econômico de seu país tem como risco trazer estagnação para os EUA e a economia global — e destacou casos de cooperação entre os países. Um dos exemplos citados é a fábrica de carros da empresa estadunidense Tesla em Xangai, responsável por produzir “74 mil veículos em fevereiro”.

O chanceler, que foi embaixador da China nos EUA, destacou ainda a fábrica da chinesa Fuyao Vidros em Ohio, nos EUA, responsável por gerar cerca de 2 mil empregos diretos no país.

Edição: Nicolau Soares

Cláudia Beatriz:
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