No próximo dia 3 o general Tomás Ribeiro Paiva deve almoçar no Quartel General de Brasília junto com o presidente da República, Lula. O almoço ocorrerá antes das celebrações do Dia do Exército em 19 de abril e busca aproximar o governo atual das Forças Armadas. Além de Tomás, o ministro da Defesa, José Múcio, os generais do Alto Comando também devem participar.
E o que poderia estar por trás do almoço? Bem, para quem acompanha os militares de perto, não é nenhum segredo que as leis 13954/19 e 1645/19 que tratam da remuneração e previdência dos militares é um tema delicado para os militares de baixa patente.
Ainda no dia 2 de março, o presidente Lula da Silva recebeu, no Palácio do Planalto, um grupo de militares da reserva de baixa patente e sinalizou a possibilidade de revisar trechos da reforma da previdência militar promovida pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Um fato interessante é que o encontro não foi registrado na agenda oficial presidencial.
Quem esteve presente a participou das articulações do encontro foi o Ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência, Paulo Pimenta que possuí proximidade e é um velho conhecido dos militares de baixa patente.
Além disso, antes do almoço com generais, haverão alguns encontros de Ministros e do Planalto com militares de baixa patente para discutirem justamente essa questão.
Com a vitória do petista, aumentou-se a preocupação do oficialato brasileiro com um possível racha entre generais e o “andar de baixa”, algo que será tema de reuniões nos próximos dias.
Já está óbvio que os generais brasileiros estão mais preocupados em garantir as melhores condições possíveis para eles, mantendo as piores condições possíveis para os demais e aproximas a tropa do presidente e afastá-los dos generais, faria com que o oficialato perdesse o seu poder de barganha, ou melhor, seu trabuco para ameaças.