Dallagnol ataca novo juiz da Lava Jato após depoimento de Tacla Duran

Agência Brasil

O deputado federal e ex-procurador chefe da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol (Podemos-PR), foi as redes sociais para atacar o juiz Eduardo Appio, novo responsável pelos processos da extinta força tarefa que tramitam na 13a Vara Federal de Curitiba.

A ofensiva de Dallaganol contra Appio ocorreu logo após o depoimento do advogado Rodrigo Tacla Duran, que acusou os agentes da Lava Jato, incluindo Dallagnol e Sérgio Moro, de cobrarem US$5 milhões para que sua prisão não fosse decretada.

“Adivinha quem acreditou num dos acusados que + tentou enganar autoridades na Lava Jato? Ele mesmo, o juiz lulista e midiático Eduardo Appio (+ conhecido como LUL22), que nem disfarça a tentativa de retaliar contra quem, ao contrário dele, lutou contra a corrupção”, escreveu Deltan.

“O juiz LUL22 ouviu hoje Tacla Duran, mentiroso compulsivo, criminoso confesso e lavador de dinheiro profissional. Só para a Odebrecht, confessou ter lavado mais de 300 milhões de dólares, é réu em mais de 4 ações penais e já tentou enganar as autoridades judiciais várias vezes”, prosseguiu.

Tacla Duran diz que sofreu tentativa de extorsão

Em depoimento nesta segunda-feira, 27, ao novo juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba (PR), Eduardo Fernando Appio, o advogado Tacla Durán confirma que recebeu uma tentativa de extorsão para não ser preso durante desdobramentos da Operação Lava Jato.

No depoimento, o advogado revela que, em 2016, o advogado Carlos Zucolotto Júnior, sócio de Rosângela Moro, esposa de Sergio Moro, exigiu uma quantia de US$ 5 milhões em troca de benefícios num acordo de colaboração.

No diálogo que Duran guardou por meio de um print de tela, Zucolotto afirma que acertaria os termos com DD (iniciais de Deltan Dallagnol). “Apenas por eu não ter aceito participar de crime de extorsão, doutor, estou sendo vítima de processo sobre o mesmo assunto em 5 processos”, afirmou Duran.

Com essa informação, a audiência foi interrompida pelo juiz Eduardo Appio após o advogado, que prestou serviços à Odebrecht, incluir Sergio Moro e Deltan Dallagnol nas denúncias, pela prática do crime de extorsão.

No despacho, o novo juiz da 13a Vara de Curitiba diz que “diante da notícia crime de extorsão, em tese, pelo interrogado, envolvendo parlamentares com prerrogativa de foro, ou seja, Deputado Deltan Dallagnol e o Senador Sérgio Moro, bem como as pessoas do advogado Zocolotto e do dito cabo eleitoral Fabio Aguayo, encerro a presente audiência para evitar futuro impedimento, sendo certa a competência exclusiva do Supremo Tribunal Federal, na pessoa do Excelentíssimo Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, juiz natural do feito, porque prevento, já tendo despachado nos presentes autos”.

Assista o depoimento!

Gabriel Barbosa: Jornalista cearense com pós-graduação em Comunicação e Marketing Político. Atualmente, é Diretor do Cafezinho. Teve passagens pelo Grupo de Comunicação 'O Povo', RedeTV! e BandNews FM do Ceará. Instagram: @_gabrielbrb
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