O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, classificou a decisão do Banco Central (BC), em manter a taxa de juros em 13,75% ao ano, como “muito preocupante”. Antes do anúncio, o Governo Lula já estava fazendo altas críticas a condução de Roberto Campos Neto a frente da instituição.
“Eu considerei o comunicado muito preocupante”, disse o ministro em coletiva no Ministério da Fazenda. “O Copom chega a sinalizar até a possibilidade de uma subida da taxa de juros, que já é hoje a mais alta do mundo”, emendou.
Ainda na entrevista, Haddad citou o relatório bimestral de receitas e despesas, que foi divulgado horas antes da decisão do BC. De acordo com o ministro, relatório mostra que “nossas projeções de janeiro estão se confirmando sobre as contas públicas”.
Na nota divulgada a imprensa, o BC diz que a atual Selic “é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui os anos de 2023 e, em grau maior, de 2024”.
“Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego”, emenda.