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Governo recria Programa de Aquisição de Alimentos, com prioridade para mulheres e indígenas

Iniciativa garante compra de produção de pequenos produtores e oferece para pessoas em situação de insegurança alimentar Publicado em 22/03/2023 – 20h02 Por Redação – Brasil de Fato – Rio de Janeiro (RJ) Brasil de Fato — O governo federal formalizou nesta quarta-feira (22) o retorno do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que consiste […]

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Ricardo Stuckert

Iniciativa garante compra de produção de pequenos produtores e oferece para pessoas em situação de insegurança alimentar

Publicado em 22/03/2023 – 20h02

Por Redação – Brasil de Fato – Rio de Janeiro (RJ)

Brasil de Fato — O governo federal formalizou nesta quarta-feira (22) o retorno do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que consiste na compra de frutas, legumes, leite e outros alimentos oferecidos por pequenos produtores para encaminhamento a populações em situação de vulnerabilidade.

Em sua nova versão, o programa quer incentivar a participação de pequenos produtores indígenas e oriundos de comunidades tradicionais, assim como de mulheres agricultoras. Medidas previstas nos termos do programa visam garantir que as mulheres cadastradas sejam ao menos 50% do total de pessoas fornecedoras.

“Para nós, agricultoras, é uma importância muito grande, porque a gente pode mostrar o que a gente pode contribuir, para o município, para o estado e para o país inteiro. Nós, como mulheres, para trazer o sustento e o alimento para nossas famílias, esse é um programa que vai abranger uma área muito grande pra gente”, disse a agricultora Denise Alves dos Santos, de Vitória de Santo Antão (PE).

O lançamento aconteceu em Recife (PE), em evento que marcou, ainda, a reinstalação do Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável (Condraf) e a criação do Programa de Organização Produtiva e Econômica de Mulheres Rurais.

Lula defende Raquel Lyra de vaias

Durante o evento de lançamento e assinatura dos termos do PAA e de outros programas governamentais, parte do público presente vaiou a governadora pernambucana Raquel Lyra (PSDB). Ao tomar o microfone, já no fim do evento, Lula fez uma incisiva defesa dela.

“A governadora pode ser nossa adversária política, mas ela é governadora do estado, ela foi eleita e vou respeitá-la como governadora do estado. Aqui virei tantas vezes quanto necessário, cuidar do interesse do povo de Pernambuco, pelas mãos dela, pelas mãos do João [Campos, prefeito de Recife], pelas mãos dos outros prefeitos”, falou.

Demonstrando descontentamento com a longa duração do evento (que começou com atraso de mais de uma hora e teve cerca de duas horas de atividades e falas), Lula fez um discurso mais curto que o habitual. Ao falar sobre a importância do combate à fome, lembrou as próprias experiências pessoais.

“Quem nunca passou fome, não sabe quanta falta faz comer. Quem nunca comeu pão até os sete anos de idade, como eu, sabe a falta que faz um pedaço de pão”, disse.

De volta

O PAA foi lançado em 2003, ainda no primeiro mandato de Lula na Presidência, visando contribuir para garantir a segurança alimentar e nutricional da população brasileira e, ao mesmo tempo, fortalecer a produção de alimentos da agricultura familiar. Durante os governos de Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL), foi totalmente desidratado.

“Hoje são mais de 33 milhões de pessoas passando fome, e o PAA vem, parece que numa política fundamental, para que a gente possa superar esse cenário de fome a partir do fortalecimento da agricultura camponesa. Para a gente combater a fome, precisamos fortalecer a agricultura camponesa, e o PAA caminha muito nesse sentido”, destacou Felipe Caetano, integrante da direção do Movimento Camponês Popular (MCP).

Organizado pelos ministérios do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) e do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), o programa permite que órgãos públicos façam a compra dos produtos diretamente dos agricultores familiares cadastrados, com preços compatíveis com o mercado.

Os alimentos são destinados diretamente a pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional, e também a entidades da rede socioassistencial, a cozinhas comunitárias, creches e às redes públicas e filantrópicas de saúde, educação e justiça.

Edição: Rodrigo Durão Coelho

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EdsonLuíz.

23/03/2023 - 11h50

Corrigindo: onde escrevi ‘Sis’, leia-se ‘Cis’.

Definição de Cis: pesquisada no google.
▪”Cisgênero (Cis) é o termo utilizado para se referir ao indivíduo que se identifica, em todos os aspectos, com o seu “gênero de nascença”. Em outras palavras, na pessoa cisgênero a identidade de gênero (a forma como a pessoa se vê) corresponde ao gênero que lhe foi conferido ao nascer.”

EdsonLuíz.

23/03/2023 - 11h41

Para uma reflexão igual, mas que acrescenta aspectos diferentes. E de uma experiência própria que a ilustra.

Não vi a matéria da “Globo” pouco assisto televisão. Mas a abordagem de questões com sociologia e psicanálise tão delicada e conflitante precisa de muito tato pelos meios de comunicação e por todos.

Por não ter assistido ao programa, não sei se concordaria ou se teria reservas à abordagem dessa questão e que envolveu uma criança.

Mas uma pessoa, não importando a idade, pode manifestar uma pulsão e desejos de uma orientação diferente do ainda estabelecido Feminino/Masculino; Homem/Mulher?

Pode um Menino-Maravilha (tod@s @s menin@s são Crianças-Maravilhas) querer se vestir de mulher-maravilha (ou de Menin@-Maravilha?

Sim! Para mim, sim, pode!!

Tive um sobrinho cuja sexualidade manifesta desde o berço destoava da expectativa que todos em volta concebiam. Busquei conversar para mitigar o preconceito e desrespeito e a opressão momentânea e a futura ao menino-bebê homossesual que ele visivelmente era. Ele era completamente feminino, e no entanto não aparentava ser transsexual.

Mas a mim não importava identificar perfeitamente: para mim ele era o que era e o que gostaria e queria ser e pronto!

Foi reprimido sempre para “tomar jeito de homem”. Reprimido para se transformar naquilo que ele não era e não poderia ser. Conseguiram! E viviam felizes com o “sucesso” que conseguiram em “salvá-lo!

O resto da história eu vou evitar de relatar aqui, envolve uma trinca de hoje desaconselháveis e pouco esperados oito filhos, ele já não está aqui e há mais muitos problemas que ficaram de sua existência e da repressão que sofreu.

E esta é uma realidade que se repete em todas as famílias, sempre com as mesmas duras consequência. Muitas vezes as consequência da opressão e preconceito só é sentida por quem é oprimido. E, submetido, se auto-reprime, se enquadra à expectativa dos que o reprimem, anula a própria identidade e carrega dentro de si pela vida inteira a farsa que lhe impuseram.

▪Muitos não resistem à opressão e falta de compreensão e morrem;
▪Muitos não resistem à incompreensão que sofrem e matam;
▪Muitos mais ainda, prováveis 14% de nossa população mundial ou mais (não há marcador biológico de gênero para saber quantos somos todos, sis, trans e outros) sofrem calados a obrigação de serem o que não são.

Aquele meu sobrinho se vestiria feliz de menin@-maravilha, e certamente seria mais feliz acaso houvesse podido se mostrar a nós como ele de fato era, com honestidade.

Edson Luiz Pianca
edsonmaverick@yahoo.com.br

Paulo

22/03/2023 - 22h27

E a lacração não tem fim. Aliás, nesse aspecto, o novo Governo pode dar as mãos à Rede Globo. Ontem, assisti a um dos espetáculos mais perturbadores da história da tv brasileira. Um repórter, cujo nome não me lembro agora, assumidamente homossexual (até aí nada de mais), da equipe da Globo News, louvava o fato – exibido em reportagem – de um menino de 2 anos (atenção, vocês não leram errado, são dois anos mesmo) querer se apresentar – não sei bem se era um evento ou coisa do gênero – vestido com trajes de Mulher Maravilha (aquela dos Super Heróis). Claro que o jornalista fazia ponderações o tempo todo, como “ele nem sabe o que é gênero”, “um libelo contra o preconceito”, “parabéns aos pais” (não exatamente nessas palavras, mas com esse espírito), etc…Cadê o Conselho Tutelar? Ou ele tem lugar de fala e o resto não pode opinar? Rede Globo e PT: tudo a ver! Caminhamos para a NOM e para a censura de qualquer contraponto aos “iluminados”…Atenção Miguel, se quiser, pode banir esse comentário. Sou contra qualquer tipo de censura – exceto xingamentos gratuitos e fora de contexto -, mas o Blog é seu e sei do potencial infringente desse tipo de opinião, nos tempos que vivenciamos…


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