Após reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o Banco Central decidiu manter a taxa básica de juros (Selic) em 13,75% ao ano. É bom destacar que essa taxa está em vigor desde agosto de 2022.
Na nota divulgada a imprensa, o BC diz que a atual Selic “é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui os anos de 2023 e, em grau maior, de 2024”.
“Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego”, emenda.
A decisão foi tomada em meio às críticas públicas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de ministros como Rui Costa (Casa Civil).
Além do próprio governo, economistas mundialmente conhecidos como Jeffrey Sachs e Joseph Stiglitz (Nobel de Economia) também criticaram a atual taxa de juros no Brasil.
Lula critica alta taxa de juros: “É irresponsabilidade”
Na entrevista que concedeu a jornalistas do Brasil 247, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reforçou suas críticas sobre a alta taxa básica de juros praticada no Brasil, estipulada pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
Segundo Lula, Campos Neto não tem compromisso com a própria lei de autonomia do BC. “Sinceramente acho que o presidente do BC não tem compromisso com a lei que foi aprovada de autonomia do BC. A lei diz que é preciso cuidar da responsabilidade, da politica monetária, mas diz também que é preciso cuidar da inflação do emprego, coisas que ele não se importa”, afirmou o presidente.
“Vou continuar batendo, tentando brigar para que a gente possa reduzir a taxa de juro para que a economia possa voltar a ter investimento. É irresponsabilidade o BC manter a taxa de juro a 13,75%”, completou.