Nobel de economia critica taxa de juros no Brasil: “chocante e funciona como pena de morte”

AFP

O economista e professor Joseph Stiglitz, Prêmio Nobel de Economia em 2001, criticou duramente a taxa de juros no Brasil. Ele avaliou como “chocante” e que pode ser considerada uma “pena de morte”. Ele destacou a ação dos bancos públicos na sobrevivência da economia brasileira.

Vale lembrar que Stiglitz participou do seminário “Estratégias de Desenvolvimento Sustentável para o Século XXI”, no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O evento teve apoio do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri) e da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Durante sua fala, o economista criticou a condução do Banco Central, por parte de Roberto Campos Neto, mas sem citá-lo nominalmente. “Um Banco Central independente e com mandato só para inflação não é o melhor arranjo para o bem estar do país como um todo”, disse Stiglitz.

“A taxa de juros de vocês (Brasil) é de fato chocante. Uma taxa de 13,7%, ou 8% real, é o tipo de taxa de juros que vai matar qualquer economia”, lembrou o economista. “É impressionante que o Brasil tenha sobrevivido a isso, que seria uma pena de morte. E parte da razão disso é que vocês têm bancos estatais, como o BNDES, que tem feito muito com essas taxas de juros, oferecendo fundos a empresas produtivas para investimentos de longo prazo com juros menores”, completa.

Gabriel Barbosa: Jornalista cearense com pós-graduação em Comunicação e Marketing Político. Atualmente, é Diretor do Cafezinho. Teve passagens pelo Grupo de Comunicação 'O Povo', RedeTV! e BandNews FM do Ceará. Instagram: @_gabrielbrb
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