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Presidente da FIESP faz duras críticas as taxas de juros: “Pornográficas”

Nesta segunda-feira, 20, o presidente da Federação das Indústrias de São Paulo (FIESP), Josué Gomes da Silva, afirmou que as taxas de juros no Brasil são “pornográficas” e incompatíveis com a situação fiscal. As duras críticas foram durante seminário no Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no Rio de Janeiro. Josué também defendeu […]

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Reprodução/FIESP

Nesta segunda-feira, 20, o presidente da Federação das Indústrias de São Paulo (FIESP), Josué Gomes da Silva, afirmou que as taxas de juros no Brasil são “pornográficas” e incompatíveis com a situação fiscal.

As duras críticas foram durante seminário no Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no Rio de Janeiro. Josué também defendeu uma reforma tributária que diminua a carga sobre a indústria, como já é feito no agronegócio.

“É inconcebível a atual taxa de juros hoje no Brasil”, disse. O mandatário da FIESP também lembrou que com uma dívida bruta equivalente a 73% do PIB, e com reservas internacionais de US$ 370 bilhões (R$ 1,9 trilhão), o Brasil não pode ser considerado um país com problema fiscal.

“Não é uma boa explicação para as pornográficas taxas de juros do Brasil”, emendou. “Se não abaixarmos [os juros], de nada adiantará fazermos políticas industriais. Porque as principais políticas industriais, aquelas que são mais horizontais e, portanto, atingem o conjunto da economia, são justamente uma taxa de juros compatível e, obviamente, uma reforma tributária que crie isonomia entre os setores”, completa.

Por fim, Josué defendeu que “qualquer estratégia para o desenvolvimento nacional passa por uma nova industrialização do Brasil”. O discurso está alinhado com os posicionamentos do presidente do BNDES, Aloízio Mercadante.

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Gabriel Barbosa

Jornalista cearense com pós-graduação em Comunicação e Marketing Político. Atualmente, é Diretor do Cafezinho. Teve passagens pelo Grupo de Comunicação 'O Povo', RedeTV! e BandNews FM do Ceará. Instagram: @_gabrielbrb

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EdsonLuíz.

21/03/2023 - 15h24

Paulo,

Eu nunca trabalhei com economia; o curso me serviu para virar auditor fiscal e era muito mais vantajoso, para as minhas necessidades à época, assumir a vaga no serviço público. Continuei sempre estudando teoria econômica. Se voltar, vai ser mais para a teoria e mdnos para o mercado.

Virar funcionário público com a remuneração de um auditor atendeu minhas emergências e necessidades, mas do ponto de vista profissional e existencial foi péssimo porque ser funcionário público no Brasil é frustrante, e com o agravante de que o desprofissionaliza. A experiência de trabalhar em função pública especializa o funcionário em tarefas de pouca interface com as atividades profissionais liberais, ficando difícil voltar para o mercado depois de anos no funcionalismo público, do qual desisti enojado!

Estou me planejando para estudar cinema documental, que quero como habilidade para usar como nova saída profissional. Se eu virar documentarista, com certeza vou me ocupar de documentar a trajetória de escolas e autores ligados à economia. Há muita coisa para ser trabalhada nisso, até para ajudar a desfazer equívocos.

Veja você:: o 1° volume do livro “O Capital”, só foi publicado por pressão de Engels, que depois se tornou o curador da obra e publicou outros dois volumes. Não é certo que Marx o publicasse.
▪Poucos sabem que “O Capital” é uma obra inacabada;
▪Poucos sabem que há um 4° volume de “O Capital”, publicado pelo curador seguinte a Engels da obra de Marx, o Karl Kautski, um dos formuladores, penso que o principal, da Social Democracia, que teve contato direto com Marx e era amigo, embora divergente, de Engels..
▪Poucos notam que este trabalho da maturidade de Marx é, de fato, um grande elogio ao Capitalismo. Os “marxistas” se prendem mais à obra da juventude de Marx, e mais especialmente ao “Manifesto Comunista”, sem se aterem que o “Manifesto” tem linguagem grandiloquente porque todo manifesto tem, e que Marx tinha apenas 29 anos de idade quando escreveu aquele caderno por encomenda do movimento de trabalhadores. A menção à ditadura por Marx, mesmo aquele Marx imaturo de nem 30 anos de idade, não tem o significado que dão, de um partido controlando a vida das pessoas, sendo mais no sentido de os trabalhadores, sendo maioria, assumirem (ditarem, não “imporem”) o próprio destino e se representarem politicamente com a expressão social proporcional à que possuem: enfim, ditar os rumos históricos do Sistema e do Estado.

Mesmo assim, a obra contém muito sofisma, na minha avaliação, e sequer há em “O Capital” um esboço de Teoria do Estado, que seria central para quem estivesse propondo uma alternativa a um Sistema em vigência.

Marx sabia que a realidade social, sua produção e reprodução, sendo um produto histórico que é, se daria em processo e na velocidade natural da história, e que uma nova superestrutura jurídico-política e ideológica só viria posteriormente, para expressar uma nova realidade surgida com o lentíssimo desenvolvimento das forças produtivas.

Nesse sentido, o “Revolucionário” não é o militante de um partido político; o “Revolucionário” é aquele que opera e desenvolve as forças produtivas, fazendo com que os ganhos de produtividade revolucionem o modo de produzir e reproduzir a realidade.

Alguém como Marx não proporia a transformação como ruptura institucional, mas como processo natural e reflexo do desenvolvimento das forças produtivas.

Hoje, é mais a contribuição do pensamento econômico liberal, Keinnes incluído e com muita contribuição dos Neoclássicos (que estes caras chamam de neoliberais, ideologizando) que a história vai avançar por muitos séculos. A contribuição da economia liberal para a China dos últimos 40 anos e os resultados que surgiram ali com o Capitalismo mostram claramente que se opor ao Capitalismo é se opor à história, em desserviço de sua lenta transformação.

Os que se dizem libertários e revolucionários políticos são grandes equivocados, quando não são coisa pior!

Seria –e será– de dentro do Capitalismo, e gestado pelo próprio Capitalismo, que surgirá o novo Modo de Produção que ocupará seu lugar. Não sei se com ganhos humanos, sociais e materiais, como temos conhecido na história:: Não é garantido que o curso da história é sempre no sentido do progresso, esperemos que seja.

Espantem-se, “Marxistas”, mas o economista e intelectual mais respeitado e admirado por Marx era ninguém menos que David Ricardo, um… “rentista”!

Se voltar a me interessar por economia, será mais por aí.

Paulo, creia, os xingados economistas “neoliberais” sabem muito mais economia que esses criativos mercadores de crenças que propõem heterodoxias e alternativas “criativas. E são muito mais comprometidos com a solução das dificuldades do pobre e do trabalhador que todos is que vivem fazendo declaração de intenção. Não há uma única experiência bem sucedida dessas experiências alternativas no mundo. De fato, nem a experiência alternativa existe e coisas como o lulismo/dilmismo nós vimos no desasyre que deu. Hoje, o que mais se aproxima do que o Stiglitz propõem é o Japão, uma economia totalmente madura, sólida mais que suficientemente para suportar expansões quantitativas e que vivem sob taxa de juros de médio prazo negativas.

Paulo

20/03/2023 - 23h38

Edson Luíz, você demonstra sempre uma opinião contundente, com aparente conhecimento de causa (não que eu concorde sempre), especialmente em matéria econômica. Tem alguma formação na área, por curiosidade?

EdsonLuíz.

20/03/2023 - 21h10

Josué Gomes, atual presidente da FIESP, fala que os juros no Brasil estão altos e que não há motivos para estes juros todos porque “o Brasil não pode ser considerado um país com problema fiscal.”

■Isto é o que Josué Gomes, Presidente da FIESP fala. Leia o que ele fala::
▪”É inconcebível a atual taxa de juros hoje no Brasil”, disse. O mandatário da FIESP também lembrou que com uma dívida bruta equivalente a 73% do PIB, e com reservas internacionais de US$ 370 bilhões (R$ 1,9 trilhão), o Brasil não pode ser considerado um país com problema fiscal.”

Josué!!!
Oh, Josuéééé!!!!!

Josué ilustra esse seu GRANDEEEEE raciocínio observando que…

…O Brasil tem $370Bilhões (de dólares) em reserva.

Agora você, que está lendo::
▪você pode fazer-se a seguinte pergunta::

-Por que o Brasil precisa ter guardado no exterior quase $2Trilhões e não pode usar???

… Afinal, o Brasil poderia usar este dinheiro para…
…▪Pagar uma parte da dívida (que é de pouco mais que 7Trilhões de reais) e, assim, se livrar do pagamento dos juros dessa parte.
■ou…
…▪Gastar com o que precisa e que não tem dinheiro no Orçamento.

Então!!
Por que o Brasil não usa este dinheiro que tem guardado para pagar dívida ou gastar em investimentos e programas sociais e vai deixando $2Trilhões de reais guardados no exterior e aplicados a juros bem baixos?

O Brasil tem estes quase $2Trilhões guardados porque, ao contrário do que Josué Gomes pensa, tendo gravíssimos problemas fiscais. Nós termos este dinheiro guardado, parado,e aplicado no exterior a juros baixíssimos para dar confiança e garantia aos nossos parceiros internacionais que compram e vendem para o Brasil de que, se nosso problema fiscal piorar mais ainda, mesmo assim nós teremos, por um tempo, como pagar as dívidas.

Esse dinheiro serve de garantia aos nossos parceiros credores!

O Josué Gomes da Silva, filho do vice de Lula nos mandatos anteriores, fala que o Brasil ter estes quase $2Trilhões guardados em reservas é uma mostra de que o Brasil NÃO é um país com problema fiscal.

É exatamente o contrário do que você fala, Josué!

O motivo de o Brasil precisar ter este dinheiro todo guardado e não gastar é exatamente porque os nossos problemas fiscais são imensos e este dinheiro serve de garantia para nossos parceiros internacionais de que, se o quadro fiscal no Brasil, que já é bem grave, piorar, nós temos este dinheiro como garantia para cumprir nossos compromissos.

Josué!!!
Oh Josuéééé!!!!!
▪É exatamente porque o Brasil é entupido de Problemas Fiscais crônicos e gigantes que presisa ter $2Trilhões guardados.

Outra coisa: esse dinheiro precisa estar aplicado em ativos mais líquidos, como em Títulos em Dólates, como está aplicada a maior parte deste dinheiro, para a confiança de quem vende para o Brasil ser forte.
▪Este dinheiro precisa estar aplicado no mercado internacional, e não aqui no Brasil, para que também tenha garantia de liquidez para o nosso credor.

Ter essas reservas é o meio de dizer a quem transaciona com o Brasil que, APESAR DOS NOSSOS PROBLEMAS FISCAIS GRAVÍSSIMOS, se houver alguma iminência de calote da obrigação (o vencimento de uma fatura comercial de algumas dezenas de bilhões, por exemplo), este dinheiro é nossa garantia para nosso parceiro comercial ou de serviço acreditar e confiar que vai receber pelo que vendeu ou o que comprou!

Josué!!!
Oh, Josuéééé!!!!
Como esse cara foi eleito Presidente da FIESP?? Como???


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