Chega ao fim o episódio mais sombrio da história do BNDES
Publicado em 16/03/2023
Por Associação dos Funcionários do BNDES
AFBNDES — Em 12 de maio de 2017, 37 empregados do BNDES foram conduzidos coercitivamente para depor na Polícia Federal por conta da Operação Bullish.
O evento provocou um trauma na instituição. Em meio à comoção generalizada no BNDES no dia da operação, os empregados se recusaram a subir para suas estações de trabalho e se aglomeraram no térreo do prédio da Av. Chile. A diretoria da presidente Maria Sílvia, então, conduziu os empregados para o Teatro Arino Ramos Ferreira.
Com o auditório lotado, a diretoria atordoada não sabia direito o que dizer aos empregados. A revolta foi expressa pela fala enfática da AFBNDES, aplaudida de pé pelos empregados.
Em determinado momento, a assembleia espontânea tomou a decisão de sair do auditório e voltar para a entrada do prédio. Enquanto os empregados se levantavam de seus lugares acompanhando a decisão de ir para o térreo, o diretor jurídico da época, representando a opinião da diretoria do Banco, gritava: “cuidado com o Jornal Nacional!”
Também foi nesse dia que os empregados empunharam seus crachás em defesa do BNDES numa foto histórica, demonstrando sua revolta e sua indignação com a demonstração do caráter autoritário, demagógico, irresponsável e antinacional do aparato punitivo que havia se estabelecido no país.
A reação dos empregados repercutiu nos principais veículos de comunicação do país e junto à opinião pública qualificada. O BNDES era uma instituição séria e os empregados tinham orgulho de fazer parte dela. O Brasil precisava (e ainda precisa) do BNDES! O Banco é fundamental para que o país se modernize e abandone de uma vez por todas o estado de pobreza e atraso que nossas raízes históricas nos legaram!
Seis anos depois do 12 de maio de 2017, a Justiça se pronunciou sobre as denúncias do Ministério Público e os únicos denunciados na ação penal da Operação Bullish foram declarados inocentes [a denúncia contra os empregados do BNDES, por falta de evidências mínimas, não chegou a ser aceita]. O ex-presidente Luciano Coutinho e o ex-ministro Guido Mantega foram absolvidos taxativamente das suspeitas infundadas que justificaram o episódio mais sombrio da história do BNDES, mediante sentença que julgou a ação penal totalmente improcedente, por falta de provas.
Vale registrar alguns trechos da sentença que denotam o viés autoritário e persecutório da ação penal:
Encerrada a instrução criminal, não se encontra nos autos prova alguma que ampare a narrativa ministerial.
(…)
Os fatos e alegações precedentemente referidos nada provam.
(…)
Os autos não contêm prova alguma nesse sentido.
Confira a entrevista do presidente da AFBNDES, Arthur Koblitz, ao programa Café do MyNews, comentando a queda nos desembolsos do Banco e a sentença que absolveu Luciano Coutinho e o ex-ministro Guido Mantega na ação penal relacionada à Operação Bullish. [A fala de Arthur começa no minuto 7:07].
Leia matéria publicada no Estadão sobre a absolvição de Coutinho e Mantega:
Veja o vídeo produzido pela AFBNDES sobre luta em defesa do BNDES e as conduções coercitivas no âmbito da Operação Bullish
Edu
17/03/2023 - 10h22
Sujo morto não é, não foi, JUIZ.
foi só um safado que enlameou a Justiça e transformou-a em um circo para deleite de estúpidos e maus caráter.
Gilberto Alves
16/03/2023 - 23h49
E nenhum juiz foi preso!
EdsonLuíz.
16/03/2023 - 21h06
Estes episódios tem sempre os condenados e os inocentados.
Estão aí dois inocentados, o Luciano Coutinho e o Guido Mantega. Há outros inocentados.
E há uma imensa fila de condenados:: Lula, Eduardo Cunha, Sérgio Cabaral, Oderbrecht’s, …
Tem até os que foram condenados por corrupção em alguns processos e inocentados em outros.
Lula mesmo, e considerando só os três únicos processos contra Lula que foram decididos pelo ex-juiz Sérgio Moro::
▪Em um processo o ex-juiz não conheceu a denúncia por considerar as provas insuficientes;
▪Em um processo o ex-juiz condenou Lula como corrupto;
▪Em um processo o ex-juiz inocentou Lula.
Lula foi condenado até a segunda instância em outro processo, mas o juiz inicial que condenou não foi Sérgio Moro, que apenas instruiu este processo para julgamento.
Paulo
16/03/2023 - 19h23
Sei não, hein!? Caso envolvendo a JBS e a tal “política dos campeões nacionais”? Hummm…Falando em PT, a quantas anda o caso do ex-marido da Gleisi Hoffmann, Paulo Bernardo, naquele caso dos empréstimos consignados a servidores públicos?