Frentes parlamentares Brasil-China e BRICS do Congresso Nacional são relançadas
Publicado em 16/03/2023 – 18h51
Por Dourivan Lima – Câmara dos Deputados
Agência Câmara de Notícias — Em 2022, o volume total exportado e importado entre o Brasil e a China somou quase R$ 800 bilhões. Esse montante faz da China o maior parceiro comercial do Brasil. Para fortalecer a parceria entre esses países, deputados e senadores relançaram a Frente Parlamentar Brasil-China e a Frente Parlamentar do BRICS (sigla do bloco Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Empresários, diplomatas e parlamentares destacaram a importância desses grupos nas relações do Brasil com os vários países envolvidos.
Os deputados Acácio Favacho (MDB-AP) e Fausto Pinato (PP-SP) disseram que o BRICS continua sendo um mecanismo relevante para o Brasil.
“É um grande desafio fazer essa aproximação diplomática, manter um bom ambiente de negócios e uma boa relação com esses países”, disse Favacho, que é secretário-geral das frentes parlamentares.
Para ele, a visita do presidente Lula à China reforça essa relação diplomática. “O Poder Executivo constrói essa comitiva de relacionamento, mas em conjunto com o Poder Legislativo, que vai debater a legislação e os acordos internacionais”, acrescentou.
Mais ênfase
Fausto Pinato, presidente das frentes parlamentares, observou que o PIB do BRICS é maior do que o do G7. O número de população também. “O Brasil precisa dar mais ênfase a essas novas oportunidades. Não que o BRICS vá resolver nossos problemas, mas é uma ponte, como é o Banco Mundial, como são outras fontes de financiamento, para projetos estruturantes, projetos sustentáveis, para que possamos ter vantagem financeira e gerar emprego e renda aos brasileiros”, afirmou.
Para Pinato, o BRICS é uma plataforma importante que não foi tão usada no governo passado. “É estratégico. A Rússia, por exemplo, com os fertilizantes; a Índia com a maior indústria farmacêutica; a África, um continente onde podemos fazer parcerias na construção civil; e a China, que é o nosso maior parceiro comercial e, sem dúvida, mantém nossa balança positiva”, disse.
Parlamento chinês
Presidente do Instituto Sociocultural Brasil-China, Thomas Law defendeu a adoção de mecanismos para promover discussões mais amplas com o Parlamento chinês. “Além de ter relação comercial muito boa entre os dois países, tem uma relação de diplomacia, uma relação de respeito, uma relação de amizade, que vai completar 50 anos no ano que vem”, disse
“O Congresso do Povo Chinês tem 3 mil deputados. Eu acho que é o momento agora de aprimorar essas relações com o parlamento através das frentes parlamentares, que têm amplitude de discussões temáticas”, acrescentou.
Edição: Wilson Silveira
Alexandre Neres
17/03/2023 - 13h58
Caro Paulo, do cotejo da sua opinião sensata com a de um moralista inveterado, fica claro quem está com a razão. Foste muito feliz ao relembrar o episódio histórico em que Vargas utilizou-se de um ardil para atender aos interesses da nação, com a criação da CSN. Aproximando-se de Roosevelt e conseguindo nossos objetivos, além de nos afastarmos dos nazis.
Diferentemente do que os estultos pensam, na geopolítica o mundo ideal não funciona, a prática é bem outra. Os Isteites continuam firmes e fortes apoiando sua aliada Arábia Saudita, fazendo vistas grossas para o fato de que o príncipe herdeiro daquela ditadura sanguinária matou e esquartejou um jornalista estadunidense. Além disso, mandam quase 2 bi todo ano para a ditadura egípcia sabe-se lá a troco de quê. Quem seria louco de no mundo de hoje não comerciar com a China, a potência em ascensão que está tirando o sono dos norte-americanos? Só mesmo uns udenistas redivivivos que não entendem bulhufas de relações internacionais.
O mesmo se aplica internamente. O Governo Lula fora eleito com uma base pequena para aprovar seus projetos. Tem como numa correlação de forças adversa, sendo a maioria composta de fisiológicos de direita, peitar o Ministro Juscelino que conta com o apoio do União Brasil e de figurões como Lira?
Seria demais pedir a esse senhor que entendesse que para um governante não basta a ética da convicção, pois será julgado com base na ética da responsabilidade? A título de exemplo, se agir de forma honesta e seu governo redundar em um fracasso, ficará muito mal na fita. Como esperar que um bestunto manuseie conceitos weberianos?
Só mesmo o senhor Edson Luiz que surfou na onda lavajatista, a qual contribuiu sobremaneira para incensar a antipolítica que nos levou a salnorabo. Estou aguardando até hoje sua autocrítica, pelo menos no tocante aos atos terroristas de 8J.
Paulo
16/03/2023 - 22h39
“O Congresso do Povo Chinês tem 3 mil deputados”.
Poderia ter até 1 milhão. Nada representa. Quem manda é a camarilha que se acerca de Xi Jinping. Quem a contraria, está condenado.
O Brasil deve ter presente que, nesse esforço pelos BRIC’s, não luta pela democracia, mas por conveniências políticas e comerciais…Até onde isso nos levará eu não sei, realmente, mas que, pelo menos, isso seja utilizado diplomaticamente para extrair vantagens dos EUA (como Getúlio fez, na 2ª GM)!
Mais à frente, porém, a questão da democracia vai se recolocar, e, aí, veremos o que nos convêm…
EdsonLuíz.
16/03/2023 - 20h33
China?
Rússia?
Diga-me com quem andas…
Se ideologia, em geral, não deve servir como referência para nenhuma decisão ou explicação, para política comercial é que ideologia não deve ser referência mesmo!
Não seja por ideologia, mas estar acompanhado de covardes agressores da democracia, dos direitos humanos e do progressismo pode atrapalhar um tanto as várias políticas::
▪Após a covardia contra a Ucrânia, o mundo livre terá que considerar, junto com os conceitos ESG, de práticas de governança social, ambiental e corporativa, o posicionamento de defesa das liberdades e do progressismo por parte dos países.
É desejável que não sejam inviabilizadas relações com nenhum país, mas enquanto o mandão for o Vladimir Putin é inadimissível ficar se esfregando com a Rússia; e com a China, as ligações precisam ser bem calibradas para não atrapalharem mais que serem boas.