Entre as vítimas estão dez adolescentes de 14 a 17 anos de idade
Publicado em 11/03/2023 – 16h51
Por Alex Rodrigues – Repórter da Agência Brasil – Brasília
Agência Brasil — Uma denúncia levou servidores dos ministérios Público do Trabalho (MPT) e do Trabalho e Emprego (MTE) a libertar 56 pessoas submetidas a condições laborais semelhantes à escravidão em Uruguaiana (RS).
Dos 56 trabalhadores resgatados nesta sexta-feira (10), dez tinham entre 14 e 17 anos de idade. As vítimas da escravidão contemporânea trabalhavam em duas fazendas de arroz das estâncias Santa Adelaide e São Joaquim, na cidade gaúcha.
Segundo o MPT, além de não receberem dos empregadores os equipamentos de proteção necessários e os instrumentos adequados para colher o cereal ou aplicar agrotóxicos na plantação, os trabalhadores não eram registrados. E antes mesmo do início da jornada de trabalho, tinham que andar longas distâncias sob o sol para chegar às áreas de plantio.
A operação, que contou com o apoio da Polícia Federal (PF), resultou no maior número de pessoas resgatadas de condições análogas à escravidão já registrado em Uruguaiana. De acordo com o MPT, os trabalhadores foram recrutados para o serviço por um agenciador que procura mão de obra em cidades da região, como Itaqui, São Borja, Alegrete e na própria Uruguaiana.
Ainda segundo o Ministério Público, as vítimas relataram que recebiam R$ 100 por dia, mas tinham que pagar pela comida e até mesmo por parte das ferramentas de trabalho que utilizavam. “Nessas condições, a comida estragava constantemente e os trabalhadores não comiam nada o dia inteiro. Se algum deles adoecesse, teria remuneração descontada”.
Trabalhadores escravos resgatados em fazenda no Rio Grande do Sul. – Comunicação Social PF
Em nota, o MPT também afirma que, segundo os relatos das vítimas, um adolescente sofreu um acidente enquanto manuseava um facão para colher o arroz, tendo perdido parcialmente os movimentos de um dos pés.
O homem responsável por intermediar a contratação dos trabalhadores foi preso em flagrante, acusado de submeter pessoas à condição análoga a de escravidão (Art. 149 do Código Penal). Os donos das duas fazendas serão notificados para assinar a carteira de trabalho dos resgatados e pagar as devidas verbas rescisórias. O MPT ainda pretende pedir na Justiça que os fazendeiros sejam obrigados a indenizar as vítimas por danos morais individuais e coletivos.
Já os trabalhadores foram encaminhados de volta a suas casas e vão receber de imediato três parcelas de seguro-desemprego.
Edição: Marcelo Brandão
Ronei
12/03/2023 - 16h43
Edson Luiz,
não sei o que você entendeu mas 20-25 dias ao mês de trabalho por 100 R$ da 2.000-2.500 R$ ao mês e tem muita gente que ganha muito menos que isso.
Quem tem renda de cerca 2.600 R$ terá de pagar imposto de renda.
Edu
12/03/2023 - 16h18
Hahahahahaha quando se é um tremendo mau caráter, como esse aí, escrever bost4 é normal.
Direitista imbecil, pobrinho, cachorro afestrado, é podrão no argumento.
Não há surpresa alguma …
EdsonLuíz.
11/03/2023 - 21h08
É difícil acreditar que alguém tenha escrito isso que o Ronei escreveu!
Tem vez que é o “doidin” que me persegue aqui quem escreve umas “estutícies”(para usar um termo usado por Roberto Freire) que eu custo a acreditar, mas são estutícies em outra chave.
Eu espero de verdade que o Ronei repense pelo menos essa fala que escreveu aqui. Mesmo que não cobrassem pela comida estragada e pelas ferramentas que usariam no trabalho, a condição em que eram obrigados a trabalhar já basta para quem debocha repensar o deboche que faz.
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Está difícil, cada vez mais difícil, conviver no Brasil com as mentalidades lulista e bolsonarista!
Ronei
11/03/2023 - 19h28
2500 R$ ao mês… há quem ganha a metade.
Lembrando que quem ganha ganha 2600 vai ter que pagar o imposto de renda viu…