O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Augusto Nardes, foi sorteado para relatar o caso das joias avaliadas em R$ 16,5 milhões enviadas pela ditadura saudita para o governo Bolsonaro. A escolha foi feita por sorteio.
Junto ao TCU, o Ministério Público pediu uma investigação para saber se Bolsonaro cometeu improbidade administrativa. O pedido foi enviado pelo subprocurador, Lucas Rocha Furtado, ao presidente do TCU, Bruno Dantas.
“O suposto presente da Arábia Saudita para a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro tentou descumprir tanto as regras de ingresso das joias no país, quanto a separação do que seja bem público e do que seja bem pessoal no acervo presidencial”, destacou Furtado.
“Causa-me bastante estranheza que joias dessa magnitude tentem ser recebidas pelo ex-presidente e pela ex-primeira-dama em subterfúgio à diferenciação do que seja ou não bem público”, prossegue.
Vale lembrar que no ano passado, Nardes enviou um áudio golpista para amigos do agronegócio num grupo de WhatsApp. No áudio, o ministro bolsonarista insinuou que as Forças Armadas estariam prontas para um golpe.
“Está acontecendo um movimento muito forte nas casernas. É questão de horas, dias, no máximo uma semana, duas, talvez menos, para que um desenlace bastante forte na Nação ocorra, [de consequências] imprevisíveis”, disse Nardes.