O tenente-coronel do Exército e então ajudante de ordens da Presidência da República, Mauro Cesar Barbosa Cid, enviou um ofício para a Receita Federal pedindo a liberação das joias ilegais, que o então ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque, tentou levar para Jair e Michelle Bolsonaro. A informação é do blog da jornalista Andreia Sadi.
Como se sabe, as joias “dadas” de presente pelo governo da Arábia Saudita, foram apreendidas pelos agentes de carreira da Receita Federal durante uma vistoria no Aeroporto de Guarulhos (SP). As joias são avaliadas em R$16,5 milhões e ficaram retidas por falta de pagamento dos impostos.
“Na hora do almoço de 28 de dezembro, na última quarta-feira da última semana da gestão passada, Cid assina uma correspondência direcionada ao comandante da Receita, o auditor Júlio Gomes”, detalha a jornalista.
Ainda no ofício, Mauro Cid pede que a RF faça a “incorporação dos bens abaixo descritos a este órgão da União”, sem explicar claramente quem seria o destinatário final. Mas o detalhe que chama atenção é que o tenente-coronel não tinha atribuição legal para fazer o pedido, que caberia ao gabinete de Documentação Histórica do Palácio do Planalto.
Sendo assim, o documento foi classificado pela Receita Federal como inábil e irregular, mas seguiu seu caminho pelo alto escalão do governo Bolsonaro.
Veja a íntegra do documento!