Publicado em 03/03/2023
Por Kaique Moraes – Diário do Centro do Mundo
DCM — Com o resultado positivo da chapa presidencial formada por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin (PSB), partidos de esquerda começaram a articular possíveis estratégias para reproduzir nas eleições municipais, em especial, no comando capital paulista, uma dupla com perfil semelhante.
Segundo um acordo firmado entre o PT e o PSOL, o líder do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), deputado Guilherme Boulos (PSOL), será o candidato apoiado pela base de Lula à sucessão na capital paulista. A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, já confirmou o apoio da sigla ao psolista.
Em uma tentativa de diminuir a rejeição ao candidato, ainda mais sobre o eleitorado moderado, a proposta que vem sendo apresentada é levantar um nome mais identificado com o centro. O principal nome apresentado é o da deputada Tabata Amaral (PSB), com características mais próximas as do vice-presidente.
Por ora, o principal argumento utilizado pelos líderes partidários é de que o resultado da disputa presidencial em São Paulo (SP), em que a chapa vencedora obteve 53,54% dos votos válidos, apresentou uma escalada de êxito com a formação de uma coligação moderada. Então, segundo eles, é justo que se repita o “fenômeno”.
Para a sigla de Boulos, Tabata é considerada a dupla ideal para a chapa municipal, mas dirigentes do partido reconhecem duas possíveis dificuldades para uma composição. São elas: a deputada também é pré-candidata à prefeitura de São Paulo; ela mantém relações com aspirações petistas.
Segundo o jornalista Gustavo Uribe, da CNN, em um acordo em que o PT abre mão de protagonizar a chapa, é natural que ele queira fazer parte da coligação partidária com o posto de vice-prefeito.