O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) disse que vai propor uma CPI no Congresso para apurar o envio, por parte da ditadura saudita, de uma propina de R$ 16,5 milhões a Jair Bolsonaro, trinta dias antes da venda da refinaria da Petrobras em Mataripe (BA).
É bom destacar que a refinaria foi vendida por um valor bem abaixo do valor real, para um fundo árabe.
“Bolsonaristas falando em CPI para tentar inverter o crime que cometeram na quebradeira das sedes dos poderes em Brasília, mas a jóia das CPIs deve ser a investigação do motivo que levou aos milionários das petroleiras árabes a dar 16,5 milhões de propina para Bolsonaro e a primeira dama Michelle. Propinas para privatizações? Esta é a investigação a ser feita no Congresso”, afirmou Rogério ao 247.
Vale lembrar que em 30 de novembro de 2021, um mês após a comitiva de Bolsonaro viajar para o Oriente Médio, o seu governo vendeu a Refinaria Landulpho Alves (RLAM), localizada em São Francisco do Conde, na Bahia. A venda foi realizada para o Mubadala Capital, um fundo árabe dos Emirados Árabes Unidos, por US$ 1,8 bilhão.
Em outubro, um assessor do ex-ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, tentou entrar ilegalmente no Brasil com joias avaliadas em 3 milhões de euros ou R$ 16,5 milhões. O assessor foi flagrado pela Receita Federal tentando entrar com um colar, anel, relógio e um par de brincos foram um presente do governo da Arábia Saudita para a então primeira-dama, Michelle Bolsonaro.