No quarto trimestre, lucro da estatal de energia foi de R$ 43,3 bi. Conselho de Administração propõe pagar R$ 35,8 bi em dividendos
Publicado em 02/03/2023 – 08h01
Por Redação – Rede Brasil Atual – São Paulo
RBA — A Petrobras anunciou na noite de ontem (1º) lucro líquido recorde de R$ 188,3 bilhões em 2022, alta de 76,6% ante os 106,6 bilhões registrados no ano anterior. Apenas no quarto trimestre, o lucro chegou a R$ 43,3 bilhões – 37,6% a mais do que em igual período de 2021.
Além do lucro recorde, o Conselho de Administração da estatal aprovou, também nesta quarta, proposta de pagamento de um total de R$ 35,8 bilhões em dividendos a acionistas pelos resultados da empresa no quarto trimestre. No entanto, porque o montante proposto ultrapassa a aplicação da fórmula prevista na Política de Remuneração em R$ 6,5 bilhões, o Conselho sugeriu que os acionistas avaliem a criação de uma Reserva Estatutária para reter o valor excedente.
Se a distribuição de lucros for aprovada pela assembleia geral de acionistas, prevista para 27 de abril, a Petrobras encerrará o exercício de 2022 tendo pago cerca de R$ 215,8 bilhões em dividendos. A cifra representa mais que o dobro do distribuído em 2021 (R$ 101,4 bilhões).
“Indecente”
A divulgação de resultados recordes da companhia ocorre em momento em que parte da sociedade sobe o tom dos questionamentos aos grandes volumes pagos aos acionistas, que por sua vez resultam da política de preços dos combustíveis atrelada às cotações internacionais, a chamada PPI.
Até o novo presidente da estatal, Jean Paul Prates, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, já questionou os grandes volumes distribuídos de dividendos. Além de limitar investimentos da companhia, a fórmula aplicada para a remuneração dos acionistas – muitos deles residentes ou baseados fora do país –, também pressiona os preços dos combustíveis nos postos, onerando o consumidor e causando inflação.
Segundo a presidenta nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), “é preciso construir na Petrobras uma política de preços mais justa, acabar com a PPI e rever a indecente distribuição de dividendos da empresa para ela voltar a investir e fazer o Brasil crescer”. Por sua vez, o líder do PT na Câmara, Zeca Dirceu (PR), afirmou que “a partir de abril, quando o novo conselho tiver sido nomeado, a empresa poderá adotar uma nova política de preços que permitirá reduzi-los e torná-los menos voláteis”.
Na última terça-feira (28), o governo anunciou a retomada parcial de impostos federais para a gasolina e o etanol. A reoneração, implementada por meio de medida provisória, passou a valer desde ontem. Também na terça, a Petrobras anunciou corte no preço da gasolina para as distribuidoras: de R$ 3,31 para R$ 3,18 por litro (-3,92%).
Com CartaCapital e UOL
João Mac-Cormick
03/03/2023 - 08h44
A extrema direita é o lixo da história.
Colocar privatistas no conselho é bola fora do PT. O projeto aprovado pelo povo foi contra a privatização. É absurdo calcular o valor do combustível em moeda estrangeira quando o custo está em moeda nacional. Puro viralatismo. Mostra que o capitalismo é a privatização dos lucros e a socialização dos prejuízos.
Agora, para não perder o hábito, eu sei que tem uma galera que ficou triste em saber que existe eleição em Cuba e na Venezuela. Afinal de contas, deve ser um tremendo choque sair do mundo bozolóide terraplanista, causado por anos de midiotia globotomizada. A realidade é cruel…
“Cuba se aproxima de eleições com maior número de candidatos jovens, mulheres e negros”
28 de fevereiro de 2023, 19:22
Paulo
02/03/2023 - 20h06
R$ 215 bi em dividendos? Enquanto isso, faz-se a Reforma Previdenciária, que só não foi ruim para os militares, mas foi pior para o servidor civil da União, o qual consome R$ 100 bi por ano, custeando R$ 40 com contribuições próprias (esses dados são do Portal da Transparência, acredito que de 2019, e estou arredondando). Ou seja, o “rombo” do Tesouro (que não é rombo, é a parte do empregador, como em qualquer Sistema Previdenciário de Repartição) é de R$ 60 bi (bem menos que na iniciativa privada, em que o empregador costuma recolher de 2 x a 3 x aquilo que recolhe o empregado). Os acionistas da PB recebem mais de 3 vezes o que o Governo gasta com os servidores civis…Que beleza! E quem paga essa farra? Advinha!