Bretas atuou na Operação Lava-Jato do Rio de Janeiro e é suspeito de desvio de conduta por ter realizado acordos de delação que negociaram punições
Publicado em 28/02/2023 – 17h08
Por Redação CUT
CUT — O Conselho Nacional de Justiça (CNJ), por decisão da maioria dos juízes, decidiu afastar o Marcelo Bretas, juiz da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. Também foi instaurado um processo para investigar o juiz, suspeito de desvio de conduta na análise de processos.
A sessão que decidiu pelo afastamento foi presidida pela ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, e teve o placar de 12 votos a favor da suspensão e três contrários.
São três os processos em questão. O primeiro deles foi uma reclamação ajuizada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), questionando acordos de colaboração em delações premiadas, homologados pela Procuradoria Geral da República (PGR), em que, segundo a OAB, Bretas e o MP negociaram penalidades e estratégias.
Outro processo é uma reclamação ajuizada pelo atual prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, sob a alegação de prejuízo na campanha eleitoral de 2018, quando foi candidato ao governo do estado. Este processo também se refere à delação premiada, de Alexandre Pinto, ex-secretário de Obras do Rio, acusando Paes de participar de esquemas de propina nas Olimpíadas 2016.
Por último, o corregedor nacional de Justiça, Luís Felipe Salomão, entrou com ação disciplinar após o CNJ ter encontrado dados em computadores dos magistrados, entre eles, o de Bretas, que apontam deficiências nos serviços judiciais.
Todos os casos estão relacionados à atuação do juiz na Operação Lava Jato no Rio de Janeiro.
Lula
Em 2020, Bretas também investiu contra o presidente Luís Inácio Lula da Silva. De forma autoritária e seguindo a cartilha do ex-juiz Sérgio Moro, ele autorizou uma busca e apreensão no escritório do advogado de Lula, Cristiano Zanin Martins.
Além disso, de forma arbitrária, ordenou o bloqueio de bens tanto do advogado quando do escritório do qual é sócio com Roberto Teixeira, também advogado.
Edição: Rosely Rocha
João Mac-Cormick
01/03/2023 - 10h12
São vagos pois existem 3 delações contra o juiz siri, “primo lavajatista” do ex-juiz ladrão marreco. Elas estão sob segredo de justiça. E pelo que se conta nos bastidores, a “massa” é cheia de ingredientes desabonadores. Basta aguardar a justiça e torcer para que o corporativismo não fale mais alto.
Agora, para não perder o hábito, eu sei que tem uma galera que ficou triste em saber que existe eleição em Cuba e na Venezuela. Afinal de contas, deve ser um tremendo choque sair do mundo bozolóide terraplanista, causado por anos de midiotia globotomizada. A realidade é cruel…
“Cuba se aproxima de eleições com maior número de candidatos jovens, mulheres e negros”
28 de fevereiro de 2023, 19:22
Paulo
28/02/2023 - 21h07
Não conhecemos detalhes, mas me parecem meio vagos, os motivos alegados para o afastamento…Seria esse mais um capítulo da reação política à assunção de uma conduta mais pró-ativa por parte de membros da magistratura?
Alexandre Neres
28/02/2023 - 21h01
Enquanto o respeitado e competente Eduardo Appio, juiz da Lava Jato paranaense, asseverou com todas as letras que Lula é inocente, o moro carioca seguiu o mesmo caminho do original. Foi depenado pelos próprios pares em uma categoria que se distingue pelo corporativismo. A Lava Jato escolhia até quais advogados iriam representar os réus em arremedos de processos. Por incrível que pareça, os métodos eram stalinistas.