A revista Time, uma das mais conhecidas do mundo, destacou a liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para selar a paz entre a Rússia e Ucrânia, que estão em conflito há exatamente um ano.
“A ideia lançada pelo presidente brasileiro é criar um grupo de países, possivelmente incluindo Índia, China e Indonésia, para mediar as negociações de paz entre as nações enquanto o cansaço da guerra começa a dominar partes do mundo”, destaca a revista.
A Time também lembrou que apesar das críticas da atitude de Lula, “nenhuma proposta formal foi enviada à Rússia, segundo dois funcionários do governo brasileiro que pediram anonimato para discutir detalhes da ofensiva diplomática”.
“Mas Moscou está discutindo a ideia com base nos comentários públicos de Lula sobre o conflito, e ambas as autoridades consideraram a declaração da Rússia na quinta-feira como um sinal de boa vontade para com Lula”, prossegue a revista.
Putin avalia iniciativa de paz
Sputnik – Em entrevista concedida à mídia russa, o vice-ministro das Relações Exteriores Mikhail Galuzin disse que Moscou está avaliando a proposta apresentada pelo presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, para a resolução do conflito na Ucrânia.
Galuzin frisou que a opinião do Brasil é importante para a Rússia, tendo em vista a parceria entre os dois países tanto no cenário bilateral quanto mundial. O diplomata destacou a boa relação entre os países no BRICS, no G20 e na Organização das Nações Unidas (ONU).
Lula tem defendido a necessidade de se criar um grupo de países que não estão envolvidos no conflito para encontrar “possibilidades de fazer a paz”. Mesmo com pressão do Ocidente para enviar armamentos e munições, Brasília mantém a posição neutra. Em encontro com o presidente dos EUA, Joe Biden, em Washington, Lula pregou a criação do grupo e defendeu a presença da China nesse espaço.
Lula deve telefonar nos próximos dias para o presidente da Ucrânia, Vladimir Zelensky, em meio ao seu esforço de mediar o conflito. Além disso, ele deve receber o chanceler russo, Sergei Lavrov, em abril.