A Consultoria de Orçamento da Câmara dos Deputados publicou os principais números do Orçamento da União de 2023 num relatório chamado “raio x do Orçamento”, nele, é relevante salientar que os gastos com previdência representam o maior montante das despesas obrigatórias, com um total de R$ 880,5 bilhões previstos para o próximo ano. Os gastos com pessoal, que também são considerados despesas obrigatórias, devem atingir R$ 341,2 bilhões.
Em relação às despesas discricionárias, que têm uma margem menor de atuação por parte do governo, a maior parte dos gastos deve ser destinada aos ministérios da Defesa, da Educação e da Infraestrutura. Ainda assim, os gastos com a educação devem sofrer um corte significativo em relação ao orçamento de 2022, passando de R$ 20,8 bilhões para R$ 20 bilhões.
Outro ponto relevante é o aumento nos gastos com investimentos, que devem alcançar R$ 107,2 bilhões em 2023. Esses recursos devem ser destinados, em sua maioria, à infraestrutura (R$ 51,7 bilhões), transporte (R$ 21,3 bilhões) e habitação (R$ 10,3 bilhões). Esses investimentos devem ser fundamentais para a retomada do crescimento econômico do país, já que contribuem para a geração de empregos e para a melhoria da qualidade de vida da população.
Além disso, o orçamento para o próximo ano prevê um aumento na arrecadação de tributos, especialmente em relação ao Imposto de Renda. Segundo a Receita Federal, a expectativa é que a arrecadação total chegue a R$ 1,8 trilhão em 2023, um aumento de 8,3% em relação a 2022.
Por fim, é válido ressaltar que o orçamento da União para 2023 é fundamental para a continuidade das políticas públicas e para o funcionamento do Estado brasileiro. Apesar dos cortes realizados pelo Presidente da República em áreas importantes como a educação e a saúde, o orçamento aprovado garante recursos para o funcionamento dos serviços públicos e para o desenvolvimento do país.